No final da manhã dessa quinta-feira (02), o superintendente regional da Polícia Federal, Cléo Mazzotti, disse ao Edição MS que Coxim é considerado um entreposto para a organização que transporta entorpecentes pelo rio Taquari.

“É uma base, aonde as embarcações chegam com a droga, na maioria das vezes cocaína. Em Coxim o entorpecente é transferido para camionetes e seguem por rodovias com destino ao nordeste, com estrutura articulada de batedores”, explicou o superintendente.

Embarcações chegam a Coxim pelo rio Taquari (Foto: PC de Souza/Arquivo)

A droga sai da região de fronteira, na Bolívia, entra no Brasil pelo rio Paraguai, segue pelo rio Taquari e chega em Coxim. A principal cidade da região norte foi escolhida pela proximidade com Corumbá e Ladário, também em Mato Grosso do Sul, através das águas dos rios citados.

A Polícia Federal não divulga nomes, porém, Mazzotti afirmou que sete dos nove principais líderes da organização foram presos na operação, um deles em Coxim, no bairro Piracema. A operação também alcançou Ladário/MS, Ponta Porã/MS, Campo Grande/MS, Anápolis/GO, Taguatinga/DF, Parnamirim/RN e Natal/RN.

De acordo com o superintendente, a operação seguiu as diretrizes da Polícia Federal, que é desarticular a organização financeiramente. Foram sequestrados quase R$ 3 milhões em bens móveis e imóveis, assim como suspenderam atividades de duas empresas. Os policiais também apreenderam 257 quilos de cocaína.

Mazzotti afirmou que o trabalho continua e que outros nomes podem surgir no decorrer das investigações, inclusive de pessoas que dão apoio para os criminosos. Nesta manhã, quase 50 policiais se dividiram entre as cidades alcançadas pela operação.