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Polícia
27/09/2022 13:58:00
Crianças são 52% das vítimas de estupro em MS

CGNews/LD

Dos 1.323 casos de estupros contabilizados em Mato Grosso do Sul, 630 são de crianças menores de 0 a 11 anos, o que significa 52% dos crimes dessa natureza. Os dados registrados de janeiro a setembro deste ano nas delegacias de Polícia Civil do Estado são da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).

Além das crianças, são 465 registros que aparecem como vítimas adolescentes (com idades entre 12 a 17 anos), 105 jovens (de 18 a 29 anos), 106 adultos (de 30 a 59 anos) e 11 idosos (acima dos 60 anos). Seis casos notificados, mas não detalhados, também foram contabilizados pelo órgão.

Os suspeitos, a grande maioria, de terem cometido o crime são homens com algum grau de parentesco com a vítima. Os padrastos são os mais citados nas denúncias. O cenário do crime que mais aparece nos casos investigados é a residência onde vivem a vítima e o suspeito. Em janeiro, foram contabilizados no Estado 171 casos, em fevereiro 125, em março 164, em abril 152, em maio 157, em junho 138, em julho 186, agosto 134 e setembro 113.

Na noite do último domingo (25), homem que não teve a identidade divulgada, foi preso após ser flagrado pela vizinha estuprando a sobrinha de 8 anos. O caso aconteceu em Miranda, cidade a 208 quilômetros da Capital. Depois que o crime foi descoberto, a menina contou à polícia que era abusada frequentemente pelo tio.

No dia 16 deste mês, uma criança de 11 anos foi estuprada pelo ex-padrasto, de 40 anos, no Bairro Santa Luzia, em Campo Grande. A mãe da menina estava trabalhando e quando chegou em casa, encontrou embalagem de preservativo no chão da casa. O suspeito foi preso em flagrante e levado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

Em julho, reportagem do Campo Grande News mostrou que Mato Grosso do Sul é o Estado com maior incidência de estupros de vulnerável no Brasil, conforme os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. “Olhando os números, a situação de Mato Grosso do Sul é preocupante, mas meu otimismo não resiste a uma provocação: será que eles não estão, na verdade, fazendo um ótimo trabalho de registro e vencendo a subnotificação de forma mais eficiente que os demais?”, citou comentário do estudo divulgado na ocasião.