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Polícia
15/04/2013 11:00:35
Denúncias ajudam Polícia Civil de Corumbá a investigar pontos de exploração sexual
Com o somatório de forças, viaturas e efetivo, fiscalizações começaram a ser realizadas em locais apontados, por meio de denúncias anônimas recebidas pelas delegacias, como ponto de exploração sexual.

Diário Online/LD

\n \n A Polícia Civil de Corumbá, através da\n Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) e da Delegacia de Atendimento à\n Infância, Juventude e Idoso (DAIJI), com o apoio do 1º Distrito de Polícia\n Civil, deflagraram na última semana, operação que visa combater a exploração\n sexual no município. Com o somatório de forças, viaturas e efetivo, fiscalizações\n começaram a ser realizadas em locais apontados, por meio de denúncias anônimas\n recebidas pelas delegacias, como ponto de exploração sexual. \n \n "Não\n temos como instaurar o inquérito policial com base apenas numa denúncia\n anônima. A gente precisa verificar se aquelas informações procedem ou não. Como\n houve plausibilidade nas informações que chegaram ao nosso conhecimento, o\n inquérito policial será instaurado", afirmou a delegada Priscila Anuda\n Quarti Vieira ao detalhar sobre os resultados da primeira ação da operação\n realizada num bar, situado na área central da cidade. \n \n Segundo\n a delegada, titular da DAIJI, não houve nenhuma situação de flagrante, porém\n foram constatadas irregularidades. Uma delas foi a falta de alvará de\n funcionamento, o que determinou o fechamento do estabelecimento, após a\n realização da ação policial. \n \n "O\n local não tinha nenhum alvará, portanto, solicitamos que a pessoa responsável\n fechasse o local até regularizar essa situação", explicou Priscila,\n lembrando que, ainda como resultado da operação, nove pessoas foram levadas\n para a delegacia a fim de prestarem depoimentos. Documentos diversos também\n foram apreendidos no local. \n \n "Todas\n as meninas e alguns clientes que estavam no local foram trazidos para a\n Delegacia, tomamos por termos as declarações deles, tudo isso para subsidiar\n nossa investigação. Elas não vieram trazidas na condição de investigadas, mas\n sim, de testemunhas", esclareceu. \n \n A\n delegada ressaltou que a investigação preliminar já havia começado a partir das\n constantes denúncias. Os relatos diziam que proprietários do local obtinham\n lucro a partir da prostituição. A operação veio para subsidiar com provas o\n inquérito policial. \n \n "Alguns\n documentos no local foram apreendidos, os responsáveis pelo estabelecimento,\n atualmente, cooperaram com a investigação, apresentaram os documentos que\n precisávamos para subsidiar nossas conclusões no inquérito que está sob\n responsabilidade da Delegacia da Mulher. Todos esses documentos foram colhidos,\n apreendidos e as pessoas ouvidas, para assim, darmos sequência à\n investigação", afirmou ao Diário. \n \n Apesar\n de os atuais responsáveis pelo local não serem conduzidos para a\n delegacia,Priscila Vieira observou que isso não os redime da suspeita na\n prática do crime. \n \n "As\n duas pessoas, que são os responsáveis atuais, não vieram conduzidas para a\n delegacia porque ficou comprovado que elas estão à frente daquele local apenas\n há dois ou três dias, mas isso já é uma atividade antiga naquele lugar,\n conforme as denúncias que temos aqui. Vamos verificar se a gerência muda\n constantemente e a atividade permanece a mesma e se as gerências que passaram\n pelo local deram continuidade à atividade que foi estabelecida ali ou não. São\n dados que vão ser checados a partir de agora com a instauração do inquérito\n policial", explicou. \n \n Área\n Central \n \n A\n investigação inicial baseada nas denúncias apontou oito locais na área central\n que, supostamente, desempenham a atividade de exploração sexual. De acordo com\n a delegada, a operação continua e tanto esses como demais pontos que forem\n identificados com a colaboração da população, serão alvos das ações policiais\n de forma constante. \n \n "Não\n podemos estar em todos os pontos ao mesmo tempo, e nem temos todas as\n informações se a população não nos auxiliar. A partir disso, é que vamos\n verificar se elas procedem ou não. Se proceder, vamos instaurar inquérito para\n que chegue à mão do Poder Judiciário a fim de que responsabilize as\n pessoas", disse ao deixar disponível os telefones das delegacias. \n \n "Pode\n ligar anonimamente para 3234-9900 ou no plantão policial da 1ª Delegacia de\n Polícia Civil, que é 3234-7100. Se quiser vir até a delegacia e relatar um\n fato, manifestando vontade de que seja anônimo, nós também vamos ouvir, vamos\n elaborar um relatório policial e verificar se essa informação procede ou não\n procede", explicou. \n \n A\n delegada lembrou ainda que essas ações já eram realizadas há cerca de 3 anos\n pela DAIJI, e que, com o somatório de forças, a operação ganha mais poder de\n fiscalização, buscando retirar a associação entre turismo e exploração sexual,\n seja ela infanto-juvenil ou de mulheres. \n \n "Isso\n vai ser uma constante na cidade em razão dos turistas que vem pra cá à procura\n de lazer, de conhecer nosso Pantanal e não em busca de turismo sexual",\n afirmou a delegada. \n \n De\n acordo com o Código Penal Brasileiro, o rufianismo (cafetinagem) é considerado\n crime com pena de um a quatro anos de prisão, mais multa, e sua definição é\n dada como "tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente\n de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a\n exerça". Em casos, onde há "emprego de violência ou grave\n ameaça", a pena pode variar de dois a oito anos de reclusão, além da\n multa. \n \n \n \n \n