Uol/LD
Uma menina de 16 anos admitiu, em depoimento à polícia na manhã desta quinta-feira (11), ter agredido uma aluna de 13 anos na Escola Estadual Hélio Del Cistia, no Jardim São Guilherme, em Sorocaba (SP). A informação é do delegado Newton Ribeiro Guimarães, que responde pela DIJU (Delegacia da Juventude).
"Ela xingou minha amiga de 'macaca' no Facebook. Eu troquei mensagens com ela no celular, mas ela me bloqueou e eu resolvi tirar satisfações", disse a jovem ao UOL.
A vítima perdeu três dentes, além de ficar com hematomas no rosto e lesão craniana. "Acertei socos nela, mas não deixei a boca dela naquele estado. Não sei o que ela fez para ficar daquele jeito", disse a agressora.
A garota se apresentou espontaneamente à polícia e, por enquanto, deve continuar em liberdade. "Ela se apresentou por vontade própria, com um representante. Por isso, vamos primeiro ouvir a vítima, que ainda está internada, para depois decidir se iremos pedir que ela fique apreendida. Acredito que todo o processo seja realizado até o começo da próxima semana e que o caso esteja na mão do juiz nesse período", disse Guimarães.
O delegado confirmou que a agressora não é aluna da escola Hélio Del Cistia. "Ela foi até lá unicamente para encontrar a vítima", disse. "Pelo que apuramos, a briga começou nos portões da escola e terminou na rampa de acesso às salas", disse Guimarães.
A vítima permanece internada no Hospital Unimed, mas não corre risco de morrer. Por conta dos ferimentos, a garota terá de passar por cirurgia na boca e terá que realizar implantes dentários, segundo o hospital.
"Ela teve os dentes afundados, além dos que caíram. Ela já passou por uma cirurgia para tirar os dentes que afundaram, mas ainda não sabemos quando ela irá sair", afirma Jairo Apocalipse, pai da vítima. "Ela irá passar por novas cirurgias, mas não sabemos quantas ainda", disse.
Procurada, a Diretoria Regional de Ensino de Sorocaba informou que "lamenta o ocorrido e informa que a direção da escola prestou socorro à estudante, acionou seus responsáveis e indicou que um boletim de ocorrência fosse registrado". "A equipe gestora se mantém à disposição da polícia e dos familiares da aluna e reitera que desenvolve ações de prevenção e combate a conflitos", disse a instituição, em nota.