VERSÃO DE IMPRESSÃO
Polícia
17/01/2013 09:00:00
Exame comprova que adolescente que acusou ex-padrasto de estupro é virgem
De suposta vítima, a adolescente de 12 anos que disse ter sido abusada pelo ex-padrasto, passa a se tornar mentora de uma história falsa, que envolveu a polícia, conselho tutelar, perícia, servidores do Hospital Regional e da própria Depca.

Midiamax/LD

Reportagem flagrou o momento em que a menina mentia para a mãe e os irmãos na delegacia (Foto: Luiz Alberto)
\n \n De suposta vítima, a adolescente de 12 anos que disse ter sido\n abusada pelo ex-padrasto, passa a se tornar mentora de uma história falsa, que\n envolveu a polícia, conselho tutelar, perícia, servidores do Hospital Regional\n e da própria Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao\n Adolescente), que em primeiro momento tentaram protegê-la, bem como os seus\n familiares.\n \n Mesmo sem o laudo técnico da perícia em mãos, o delegado Elton\n Campos de Galindo, responsável pelas investigações, disse que o exame de corpo\n e delito do Hospital Regional comprovou que “a menina ainda é virgem, a\n gravidez falsa e que a barriga inchada seria um problema intestinal”.\n \n “Todos estavam trabalhando em torno de uma história que ela mesmo\n inventou. Assim que descobrimos a mentira, a menina disse que tinha raiva do\n ex-padrasto, principalmente por conta dos maus tratos dele com ela e os\n irmãos”, diz ao Midiamax o delegado Galindo.\n \n Caso já estivesse preso, o delegado diz que o suspeito poderia\n estar sendo julgado por um crime considerado hediondo, com danos quase\n impossíveis de ser reparados. “Se ela já estivesse iniciado a vida sexual,\n seria pior ainda, porque ela poderia continuar alegando o estupro não cometido.\n Parece raro, mas é comum jovens fazerem isso para acobertar algo que eles não\n querem contar para os pais”, explica o delegado.\n \n Pela mentira, a jovem agora será indiciada por denunciação\n caluniosa. O caso, de acordo com o delegado, será repassado à Deaij (Delegacia\n Especializada de Atendimento a Infância e Juventude). “Se ela fosse adulta\n poderia ter uma pena de até oito anos de reclusão, mas como se trata de uma\n adolescente, ela responderá um processo judicial na Vara da Infância e\n Juventude”, conta o delegado.\n \n Paralelo as investigações, na qual o homem de 42 anos será\n qualificado como vítima, ele deve se apresentar amanhã na Depca. “De qualquer\n maneira ele é foragido da Justiça e permanece preso por um mandado em aberto de\n homicídio”, fala o delegado.\n \n Com o caso praticamente esclarecido, o delegado diz que para as\n pessoas deve ficar uma lição: Jamais mentir para a polícia. “Quem acha que\n denunciar o outro falsamente, apontar alguém como culpado não dá em nada, está\n enganado, pois será punido pela polícia”, conclui o delegado. \n \n \n \n \n