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Um adolescente de 16 anos ajudou a causar as chamas que mataram três pessoas no dia 13 de outubro durante o incêndio criminoso no Bairro Jardim Columbia, em Campo Grande, entre as vítimas estava sua mãe. O jovem é filho de Lucinda Ferreira Torres, de 41 anos, que morreu por asfixia ainda no local.
De acordo com a delegada Franciele Candotti Santana, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), o jovem confessou a participação no crime durante depoimento, mas afirmou não saber que a mãe estava na casa.
Ainda conforme a delegada, o plano foi arquitetado por Adriano Ribeiro Espinosa, 27 anos, que estava com ciúmes da ex, Edna Rodrigues de Souza, de 33 anos. “No dia estava acontecendo uma confraternização na casa, que começou de dia e se estendeu até a noite, e por ciúmes, o Adriano resolveu de vingar e armou o plano com a ajuda do adolescente”, diz.
O jovem foi até um posto da região, comprou etanol, levou até a casa e lá, ele e o parceiro jogaram o combustível pela janela da sala e atearam fogo. Estavam na casa a mãe do adolescente e Edna, única sobrevivente, além de Daniel Candia, de 38 anos e Hélio Queiroz Neres, 37 anos, que morreram dias depois na Santa Casa. Segundo Santana todas as janela tinham cadeado, o que dificultou a saída do local.
“Ouvimos nove pessoas, até uma das vítimas que morreram prestou depoimento, a versão deles bateu com a do adolescente, ele não mentiu, contou tudo”, afirma à delegada. Agora o caso do jovem está a cargo da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e a Juventude), que já está apurando a participação do jovem no crime.
Já Adriano, está foragido. “Ele tem um mandado de prisão em aberto, estamos atrás dele, já realizamos diligências em Campo Grande e também no interior, mas ele ainda não foi localizado, acreditamos que ele esteja escondido na Capital mesmo”, conclui Santana.