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Morreu no fim da manhã desta segunda-feira (20), na rua Daniela Peres, no Residencial Betaville, em Campo Grande, João Vitor Rodrigues da Silva, comparsa de Claudinei dos Santos Oliveira, no sequestro de uma moradora de 50 anos, na noite de sábado (18), na região do bairro Vila Antônio Vendas.
O confronto se deu com policiais do Batalhão de Choque e do Garras. João Vitor chegou a ser socorrido e encaminhado para a Santa Casa, mas não resistiu e morreu. Um terceiro envolvido indiretamente no sequestro acabou preso. Uma testemunha contou ao Jornal Midiamax, que estava lavando verduras quando ouviu um barulho por volta das 10h50 da manhã. Logo em seguida, policiais bateram na sua porta pedindo para abrir o portão.
Os policiais mandaram ela se esconder dentro de casa, e nisso, a mulher passou a ouvir o tiroteio. João Vitor foi ferido, mas morreu no hospital.
Em coletiva na manhã desta segunda (20), o delegado João Paulo Sartori, disse que os criminosos viram a mulher em uma padaria e ela estava cheia de joias, o que chamou a atenção deles. Nisso, a dupla resolveu segui-la até a sua casa. Ao chegarem na casa da vítima invadiram o local e fazendo ameaças levaram a mulher como refém.
Levantar dinheiro
Quando preso, Claudinei disse em depoimento na sede do Garras que havia sido convidado pelo seu comparsa para ir à festa de seu avô, e que no caminho para a confraternização o amigo teve a ideia de ‘levantarem’ dinheiro fazendo um roubo. Ele ainda contou que não estava muito a fim de ir, mas acabou aceitando.
No caminho viram duas mulheres que estavam em um Audi e decidiram segui-las. Assim que o carro entrou na garagem, Claudinei entrou junto e anunciou o assalto invadindo a casa e rendendo o marido da vítima. O comparsa ficou do lado de fora e avisou ao criminoso que o vigilante da rua passou desconfiado, nisso, a dupla resolveu roubar objetos da casa e levar a moradora como refém já que acreditavam que havia polícia nas redondezas.
A mulher foi levada para um cativeiro e lá os criminosos tiveram ideia de pedirem resgate ao marido dela. De início pediram o valor de R$ 50 mil, mas o homem disse que não tinha baixando para o valor de R$ 18 mil mais, um relógio rolex. Foi marcado um local para a entrega do dinheiro, sendo que Claudinei ainda tera dito que se fosse preso ‘ficaria ruim para a refém’.
No local da entrega, o marido da mulher passou um envelope e o relógio para um usuário de drogas a pedido do criminoso que ficou de longe ‘cuidando’ da ação. Assim que recebeu o dinheiro repassou R$ 50 para o usuário de drogas retornando ao local do cativeiro.
A refém foi colocada dentro do carro e libertada nas imediações do macroanel. Após isso, os dois foram para a festa para não levantarem suspeitas. Após deixar a festa durante a madrugada de domingo (19), Claudinei disse que ficou andando a pé pela região já que sabia que havia policiais a sua procura.
Ele acabou preso quando tentava guinchar o carro Fiat Uno, que era de sua ex-mulher. Segundo a mulher, ela não sabia que Claudinei estava com seu veículo e que recebeu uma ligação dele pedindo por ajuda, sendo ameaçada por ele, caso não o ajudasse.