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Estudioso, trabalhador e uma pessoa de muitos amigos. Estas são algumas características de Alex Thadeu Figueiredo Schois de Oliveira, 17 anos, segundo colegas de escola, familiares e ex-companheiros de trabalho. O garoto foi encontrado morto na manhã de domingo (14), na Chácara dos Poderes, em Campo Grande.
De acordo com a mãe Jaqueline Brites Figueiredo, 42 anos, moradora na Vila Ipiranga, o único filho trabalhava desde os 13 anos com montagem e instalação de som automotivo, e planejava cursar Educação Física. “Como todo jovem, ele tinha vários sonhos e gostava de coisas diferentes”, explica.
A mãe lembra que, entre os sonhos dele, estava o de abrir o próprio negócio no mesmo ramo em que atuava. “Ele gostava demais de mexer com som e sempre foi esforçado. Estudava de manhã em uma escola particular e trabalhava de tarde. Pensávamos em ajudá-lo a abrir uma empresa”, conta.
O último local de trabalho de Alex foi em uma empresa localizada na Fernando Corrêa da Costa, no Centro. De acordo com Marco Aurélio Duarte, proprietário do estabelecimento, o garoto era um bom funcionário. “Alex sempre foi uma pessoa tranquila, não fumava, não bebia e respeitava todos seus colegas de trabalho. Apesar de ser novo, possuía grande habilidade para montar as caixas de som de madeira e tinha futuro promissor. Ainda estamos sem entender o que aconteceu”, lamentou Duarte.
Amigo próximo, Hugo Silva, 19 anos, relata que todos estão inconformados com a crueldade de quem assassinou o adolescente que foi encontrado morto em um matagal, com um ferimento provocado por arma de fogo na cabeça. “É uma maldade sem tamanho. Não há explicação para o que fizeram e esperamos que a justiça seja feita”, disse.
Na noite anterior ao crime, Alex saiu de casa para ir uma festa na Chácara dos Poderes. Hugo lembra que sempre que saía, o adolescente convidava todos os amigos, mas que nesta ocasião, optou por ir sozinho. “Ele não chamou ninguém. Foi sozinho para a festa e só ficamos sabendo no dia seguinte. A gente acha que mataram ele para roubar a moto, mas o caso é estranho”, alega.
Homenagens – Amigos e colegas de escola vão prestar mais uma homenagem ele. Na manhã de domingo (21), um grupo se reúne em frente a uma conveniência localizada na região das Moreninhas, onde eles costumavam se encontrar para conversar e tomar refrigerante.
De lá, eles vão de motocicletas até o Cemitério Santo Amaro, onde ele está sepultado. Eles pretendem colocar faixas e cartazes no local. “Era nosso amigo e não vamos abandoná-lo nunca”, destacou Hugo.
Investigações - A 3ª Delegacia de Polícia da Capital apura as circunstâncias do crime. Familiares e pessoas próximas a vítima foram chamadas para prestar depoimento. A moto que ele utilizava na noite de sábado (13), quando saiu de casa para ir à festa, ainda não foi encontrada, por isso, uma das hipóteses é que ele tenha sido vítima de latrocínio. Uma briga que ocorreu no evento também é apurada.