CGN/LD
Com mandados em Mato Grosso do Sul, a Operação Yang foi deflagrada pela PF (Polícia Federal) na manhã desta quarta-feira (13), contra grupo suspeito de lavagem de dinheiro que pode chegar a R$ 300 milhões, em crimes financeiros praticados na Coreia do Sul, nos Estados Unidos, no Brasil e em outros países.
No total, 100 policiais federais cumprem 25 mandados de busca e apreensão e 2 de prisão. Além de MS, os endereços alvos da operação estão localizados no Distrito Federal, Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Espírito Santo.
Segundo a PF, foi determinado o bloqueio de até R$ 300 milhões mantidos em contas bancárias vinculadas aos envolvidos e o sequestro de 52 imóveis. As ações visam a descapitalização do grupo criminoso e desvendar outros crimes cometidos.
Iniciada em agosto do ano passado, a investigação começou a partir de informações compartilhadas por agência norte-americanas, na qual apontavam para empresa constituída por brasileiro poderia ter causado lesão financeira a cerca de 60 mil vítimas.
A promessa era de lucros incompatíveis com investimentos disponíveis em mercado, o que rendeu ao grupo criminoso cerca de US$ 62 milhões a partir da série de fraudes cometidas nos diversos países.
Após a captação de investimentos das vítimas, os valores eram desviados em favor dos investigados por meio de aplicação em carteiras de criptomoedas (moedas virtuais) e de depósitos realizados em contas vinculadas e controladas pelos criminosos.
Após a liquidação dos criptoativos em favor dos líderes da organização, os valores passaram a ser empregados na aquisição de bens de alto padrão, veículos de luxo e, principalmente, na compra de imóveis, em especial em Brasília (DF), Goiânia (GO) e Caldas Novas (GO).
A reportagem tentou contato com a equipe responsável pela operação para saber em quais cidades de MS são cumpridos os mandados, mas não teve resposta.