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A Polícia Civil prendeu um hacker suspeito de ameaçar explodir o Supremo Tribunal Federal (STF). Um vídeo mostra o momento em que Fernando Curti foi detido na casa em que morava, em Jundiaí, no interior de São Paulo.
Ele teria enviado um e-mail anônimo e criptografado contendo ameaças contra o Congresso Nacional e, especificamente, contra a deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB). Agora, a investigação apura se ele tinha algum elo com Francisco Wanderley Luiz, que morreu ao explodir bombas na Praça dos Três Poderes.
A prisão ocorreu na quinta-feira (11), durante uma operação realizada por policiais civis do Rio Grande do Sul, com apoio de agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí e do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE) de Campinas (SP).
Conforme as investigações, Fernando Curti, de 36 anos, foi preso suspeito de praticar “crimes ditos de ‘ódio’, cometidos como ânimo de continuidade e permanência, através de mensagens de conteúdo ofensivo, bem como de conotação racial e terrorismo”.
Ele é apontado como o autor de um e-mail anônimo e criptografado, contendo ameaças direcionadas à deputada estadual Bruna Rodrigues. Além dela, o homem também teria praticado crimes de ódio contra outras autoridades, incluindo senadores e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
A polícia suspeita que Curti e outros investigados façam parte de um grupo da “deep web”, onde cometeram os crimes contra outros políticos de diversas regiões do Brasil.
Na casa do hacker, foram apreendidos tablets, celulares, pen drives, computador e notebook. “Realizada a perícia in loco em um dos dispositivos eletrônicos do alvo principal foram encontrados elementos que fizeram com que o delegado de Jundiaí decidisse por sua prisão em flagrante”, esclareceu ao G1 a delegada Vanessa Pitrez, chefe do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).
A defesa dele não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.