\n \n Mesmo com a fiscalização mais intensa nas rodovias durante o\n feriado da Semana Santa, condutores continuam a dirigir de forma perigosa. \n \n A Polícia Rodoviária Federal acompanhou o fluxo de veículos na\n BR-163, saída para São Paulo, a mais movimentada do Estado. Com radar portátil\n em mãos, apelidado de “secador de cabelos”, a fiscalização da PRF flagrou\n carros e caminhões imprudentes. \n \n Não foi preciso esperar muito para flagrar condutores que\n conduziam acima da velocidade: em cinco minutos, todos os veículos que passaram\n pelo radar móvel da PRF estavam acima da velocidade permitida (110 Km/h para\n carros e 80 Km/h para caminhões, naquele trecho). \n \n “Quando os condutores avistam a PRF ou um radar, diminuem a\n velocidade, e não tem a consciência de que precisam ter esse comportamento\n durante todo o percurso”, explica Baggio. “Existe esse costume de tentar burlar\n a lei. Os próprios motoristas dão sinal de luz, os caminhoneiros se comunicam\n pelo rádio. Parece que muita gente ainda não sabe que correr só coloca em risco\n quem está dirigindo”, acrescenta. \n \n Motorista que viaja com a família é flagrado a 155 Km/h \n \n Caso do motorista Cláudio do Nascimento, de 44 anos. Ele viajava\n com a esposa, a sogra e dois filhos para passar o feriado em São Gabriel do\n Oeste, a 133 quilômetros de Campo Grande. Quando passou pelo radar móvel, o\n carro dele estava a 155 Km/h. Ao ser abordado, ele negou que corria. “Não\n estava a 155, não. No máximo 100, 110”, tentou justificar. Ao ser questionado\n sobre o limite de velocidade, ele afirmou saber que era de 100 Km/h, mas não\n quis dar mais explicações para a reportagem. \n \n O condutor teve a carteira de habilitação e os documentos do carro\n apreendidos para averiguação, e levou uma multa de R$ 540 e perdeu sete pontos\n na carteira, conforme a PRF. \n \n Mudança na legislação contribui com boa conduta do condutor porque\n “dói no bolso” \n \n Desde novembro de 2011, uma resolução do Conselho Nacional de\n Trânsito (Contran), permite a colocação de radares móveis sem que placas\n informem os motoristas (exceto para lombadas eletrônicas). “Para efeito de\n mudança do condutor é bom não ter o aviso. Porque o motorista sai com mais\n cautela, sabendo que desrespeito da velocidade pode ser flagrado e vai doer no\n bolso”.\n \n \n \n \n