\n \n Os\n nove integrantes da banda de pagode New Hit e o policial militar que fazia a\n segurança do grupo tiveram o pedido de habeas corpus deferido pela Justiça no\n final da manhã desta terça-feira (2). O pedido foi julgado na 2ª turma da 1ª\n Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), pelo desembargador\n Lourival Almeida Trindade, relator da sessão.
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\n Os nove integrantes do grupo são suspeitos de estuprar duas adolescentes de 16\n e 17 anos. O policial teria sido conivente com o crime. Todos eles, inclusive o\n PM, foram indiciados por estupro e formação de quadrilha no dia 25 de setembro.\n O documento, que tem 23 páginas, foi protocolado pelo delegado Marcelo\n Cavalcanti, titular da Delegacia de Ruy Barbosa, na Vara Criminal, no dia 24 de\n setembro.
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\n De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e de Ressocialização\n do Estado (Seap), até as 12h30 desta terça-feira os nove integrantes do grupo\n envolvidos no caso permaneciam custodiados no Conjunto Penal de Feira de\n Santana, cidade distante cerca de 100 km de Salvador. Segundo Edmundo Memeri,\n diretor do conjunto penal, a decisão judicial que ordena a liberação dos presos\n ainda não foi encaminhada à unidade penitenciária.
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\n A assessoria da PM afirmou ao G1, também nesta\n terça, que o policial suspeito de conivência no crime continua custodiado na\n Coordenadoria de Custódia Provisória da corporação, localizada no Batalhão de\n Choque em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. De acordo com a\n Polícia Militar, a ordem judicial, até às 12h30, também não havia sido\n encaminhada à coordenadoria.\n \n Denúncia
\n Em\n nota, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou nesta terça-feira que a\n promotora de Justiça de Ruy Barbosa, Marisa Marinho Jansen, ofereceu denúncia à\n Justiça contra os dez suspeitos pelos crimes de estupro qualificado, com\n participação de duas ou mais pessoas.\n \n Segundo\n o MP-BA, a denúncia das adolescentes, de 16 e 17 anos, vítimas do estupro, foi\n comprovada por testemunhos e laudos periciais.\n \n Ainda\n na nota, o órgão informa que a promotora relata no documento que durante a ação\n uma das vítimas foi "puxada pelos cabelos, agredida fisicamente e\n xingada" por seis dos suspeitos. Na denúncia, a promotora classifica como\n "vis e animalescos" os atos cometidos contra a outra adolescente\n envolvida no caso.\n \n Investigações
\n De acordo com o delegado Marcelo Cavalcanti, o laudo fornecido pelo\n Departamento de Polícia Técnica (DPT), de Feira de Santana apontou que foi encontrada\n uma quantidade de sêmen nas roupas das meninas e de um dos músicos. Segundo a\n polícia, o resultado foi considerado prova material e influenciou no\n indiciamento dos suspeitos.\n \n A\n polícia indicou ainda que o volume de sêmen localizado é "bastante"\n superior à quantidade de "uma, duas ou três pessoas". Por isso, foi\n solicitado a realização de exames de DNA para identificar a quem pertence o\n sêmen localizado pela perícia. O prazo para divulgação do resultado é superior\n a 60 dias.\n \n Ameaças de morte
\n Após receberem ameaças de morte, as duas jovens foram encaminhadas a Salvador e\n fazem parte do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de\n Morte (PPCAAM). A solicitação foi feita pelo Conselho Tutelar da cidade de\n Itaberaba, que fica próxima ao município de Ruy Barbosa, após denúncias feitas\n pelas famílias das jovens.\n \n "Elas\n estão recebendo o apoio da Secretaria da Justiça Cidadania e Direitos Humanos\n (SJCDH) para a reinserção na sociedade. Aqui recebem novo endereço e a\n tentativa do órgão de entregar a elas novas condições saudáveis de vida em\n sociedade", explica Iraciara Cerqueira, coordenadora de gestão de direitos\n humanos do estado. O programa tem o apoio da Secretaria de Segurança Pública da\n Bahia, cuja função é monitorar a segurança às jovens e suas famílias.\n \n Segundo\n a Secretaria da Justiça Cidadania e Direitos Humanos, apesar das investigações\n serem mantidas sob sigilo judicial, sabe-se que as ameaças partiram de\n telefonemas e também pela internet, nas redes sociais.\n \n Liminares
\n A Justiça negou a liminar do habeas corpus para um dos integrantes da banda de\n pagode New Hit e para um policial militar no dia 13 de setembro. Para os outros\n oito integrantes os pedidos de habeas corpus foram negados no dia 6 de setembro\n pelo desembargador e relator do processo, Lourival Almeida Trindade, do\n Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).\n \n Estupro
\n Segundo relato das vítimas, elas foram até o trio da banda para pedir\n autógrafos e tirar fotos com os artistas. Um produtor do grupo teria orientado\n as garotas a ir para o ônibus da banda, onde denunciaram ter ocorrido a\n violência sexual. Segundo a polícia, dois integrantes admitiram que fizeram\n sexo com as adolescentes, porém com consentimento. Os outros negaram que\n tiveram relação sexual com as garotas.\n \n \n \n \n