VERSÃO DE IMPRESSÃO
Polícia
23/11/2012 06:48:27
Jornalista executado revela no Facebook que sofria “humilhações e perseguição”
Fiquei quieto, sofri humilhações e muita perseguição e a hora de virar a mesa chegou afinal

Midiamax/PCS

Foto: Reprodução / Facebook
\n O jornalista e policial militar aposentado, Eduardo Carvalho, de 52 anos, que foi executado por dois homens em uma motocicleta em frente a sua residência, no bairro Giocondo Orsi, em Campo Grande, nesta quarta-feira (21), por volta da 22h30, escreveu na última terça, um “desabafo” em sua rede social, página no Facebook. No trecho há uma frase indicando que ele sofria ameaças. “Nada como deixar passar o tempo, ficar quieto e ver a Justiça triunfar sobre as nulidades daqueles que se dizem impolutos e acima de tudo e de todos. Fiquei quieto, sofri humilhações e muita perseguição e a hora de virar a mesa chegou afinal”, estava publicado. Este é um dos motivos que faz com que o delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, Divino Furtado de Mendonça, acredite que o crime tenha relação com sua profissão, já que Eduardo atuava como jornalista e ele era conhecido por ser polêmico, abordar assuntos dos bastidores da política e da polícia. Eduardo Carvalho deixa esposa e três filhas. Com a sua morte, três comunicadores já foram assassinados só neste ano em Mato Grosso do Sul. O primeiro foi em fevereiro, quandonbsp;o jornalista Paulo Rocaro, do Jornal da Praça, no município de Ponta Porã foi executado. Ele ficounbsp;conhecido por fazer denúncias contra traficantes na região de fronteira. Em seguida, no mês de outubro, o dono do mesmo veículo, Luís Henrique Georges, chamado de Tolu, foi assassinado com vários tiros na avenida Brasil, que divide o território brasileiro do paraguaio. O local foi onde Rocaro também foi morto. \n \n