Midiamax/LD
Foi determinada a prisão preventiva da idosa de 70 anos, acusada da morte de Derci Lopes, 77 anos, em Iguatemi, a 466 quilômetros de Campo Grande. A vítima estava deitada na cama quando foi incendiada, chegou a ser socorrida, mas faleceu na Santa Casa.
A decisão é do juiz Milton Zanutto Junior, que converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva e solicitou, com máxima urgência, a transferência da acusada para Presídio Feminino. Mesmo presa, a mulher, que era comadre de Derci, negou os fatos e qualquer participação no crime.
No interrogatório, ela alegou que Derci era sua comadre, viúva do irmão da acusada. Mas disse que não tinha qualquer desentendimento com a vítima e que não foi a autora do crime. Além disso, relatou que a vítima tinha costume de fumar deitada na cama, dizendo que poderia ser essa a causa do incêndio.
Morte por queimaduras
Derci faleceu na tarde de terça-feira (10). Segundo a assessoria da Santa Casa, a paciente deu entrada às 16h59 de segunda-feira (9), com queimaduras graves, e teve 52% do corpo com queimaduras de 3º grau.
A vítima tinha lesões no rosto, cervical, tronco, períneo, pernas e cochas e permaneceu internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O estado de saúde era considerado gravíssimo e evoluiu para parada cardiorrespiratório. Derci faleceu às 14h25.
Entenda o caso
A vítima estava deitada na cama, quando a autora ateou fogo nela. Uma testemunha viu a fumaça no local e socorreu a idosa, além de acionar o socorro e também a polícia.
A partir das investigações, policiais civis conseguiram identificar a autora do crime, que inclusive confessou os fatos ao marido. Ela sempre dizia a ele que mataria a vítima, que é ex-cunhada. A idosa acabou presa em flagrante e responderá por feminicídio.