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A juíza de Garantias Rosarito Montanía decretou a prisão do engenheiro Luis Ivan Estigarribia Alderete, 25, preso terça-feira (3) na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. Ele é apontado como “testa de ferro” do Clã Insfran, formado por narcotraficantes poderosos do Paraguai.
Alderete foi preso por agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) em Yasy Cañy, povoado localizado a 80 km de Paranhos (MS), no departamento de Canyndeyú.
A organização criminosa à qual o rapaz é apontado como membro, é acusada de usar igrejas evangélicas para lavar dinheiro do tráfico. O líder do clã é Miguel Angel Insfran Galeano, o “Tio Rico”, que está foragido.
Com o mandado de prisão preventiva por organização criminosa e comercialização de entorpecentes, Luis Alderete foi levado para a Penitenciária Regional de Coronel Oviedo, cidade localizada nos arredores da capital Asunción e a 390 km de Pedro Juan Caballero.
Segundo o Ministério Público do Paraguai, Luis Estigarribia comprou bens móveis e imóveis e até abriu uma empresa a mando de “Tio Rico”. São pelo menos dez imóveis registrados em seu nome.
O Clã Insfran é aliado ao narcotraficante uruguaio Sebastián Marset, responsável pelo envio de grandes carregamentos de cocaína para a Europa e países asiáticos.
Marset é suspeito de ter mandado matar o promotor Marcelo Pecci, executado em maio do ano passado durante a lua de mel numa praia de Cartagena das Índias, na Colômbia.
Na mesma audiência, a juíza paraguaia decretou a prisão de outros dois integrantes da organização – Christian Paredes e Osvaldo Acosta, que estão foragidos. Os dois mantinham negócios com Luis Alderete.
Além de “Tio Rico”, o Clã Insfran tem como líder o pastor José Insfran, também com prisão decretada no âmbito da “Operação A Ultranza”, em fevereiro do ano passado. A operação é considerada a maior investida de todos os tempos contra o crime organizado no Paraguai.