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Alvo de operação contra pornografia infantil, o policial civil Paulo Manoel Eugênio Elesbão Silva foi condenado a seis anos e oito meses, no regime semiaberto, e à perda do cargo público. A demissão será efetivada após o processo transitar em julgado, ou seja, quando a sentença for definitiva.
O servidor público foi preso em flagrante em 18 de maio de 2018, em Campo Grande, durante a operação Luz da Infância II, liderada pela DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).
O apartamento dele foi alvo de mandado de busca e o material foi encontrado no notebook. “Apurou-se a existência de armazenamento e compartilhamento de material contendo cenas de sexo envolvendo crianças e adolescentes, realizada por meio da Deep Web”, informa a sentença.
Conforme o laudo pericial, houve o efetivo compartilhamento de 185 imagens de pornografia infanto-juvenil com outros usuários da internet. “No notebook marca DELL, foram encontrados 81 (oitenta e um) vídeos contendo pornografia infanto-juvenil, bem como 185 (cento e oitenta e cinco) fragmentos de arquivos Torrent, que foram compartilhados com outros usuários da internet”. No apartamento, ainda foram encontradas mais de dez bonecas Lol e o réu informou que era para presentear.
Os agentes que participaram da operação relataram à Justiça que o preso afirmou ter levado o computador para arrumar e solicitou programa para baixar vídeos pornográficos, especificamente “vídeos de colegiais”. No computador, havia pesquisa com termos “colegiais” e “novinhas”.
As testemunhas do policial, incluindo amigos e mulheres com quem teve relacionamento, destacaram a conduta profissional exemplar, além de ser respeitoso e tranquilo.
No interrogatório judicial, Paulo Manoel afirmou que a acusação não é verdadeira. Ele disse que levou notebook para formatação e pediu para o técnico instalar programa que baixasse vídeos, clipes e músicas. O programa também baixava filmes pornográficos, mas de “conteúdo normal”. Diante do juiz, o réu confirmou que foi ele o responsável por baixar o programa, que estava instalado desde 2015.