\n \n Uma\n tatuagem acabou virando caso de polícia em Ribeirão Preto, no interior de São\n Paulo. A mãe de um adolescente não gostou de ver o nome dela tatuado no braço\n do filho, de 14 anos, e registrou um boletim de ocorrência contra o tatuador,\n alegando que não havia autorizado o processo.\n \n O\n menino decidiu homenagear a mãe, gravando o nome dela, Eva, em quase 20\n centímetros no braço direito. Após a denúncia da mãe e com base em uma lei do\n estado de São Paulo, o promotor de Justiça levou o caso adiante e denunciou o\n tatuador Fabrício Augustinho por lesão corporal gravíssima.\n \n A\n lei de 1997 proíbe a tatuagem em menores de 18 anos, mesmo com a autorização\n dos pais. No artigo IV da lei, a tatuagem é considerada uma "deformidade\n permanente". “É uma lesão corporal de natureza gravíssima, em face da\n deformidade permanente, atestada no laudo de corpo de delito, o que provoca um\n dano estético”, explica o promotor de justiça Manoel José Berça.\n \n De\n acordo com Fabrício, ele foi procurado pelo menor, que garantiu que a mãe tinha\n autorizado a tatuagem: “Eu sabia que ele era menor de idade, mas por eles serem\n meus vizinhos, achei que a mãe tinha deixado mesmo. Estou arrependido pela\n situação”.\n \n O\n tatuador Guilherme Pask é sempre procurado por menores querendo fazer tatuagem,\n mas afirma que não atende aos pedidos. “Devido a imaturidade do cliente, que\n pode vir a se arrepender”, afirma.
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\n Segundo o promotor de justiça, a lei foi criada para evitar exageros. No caso\n do menor, o laudo feito a pedido da Justiça diz que a tatuagem pode ser\n removida, mas vão ficar as cicatrizes. A decisão sobre o caso agora está com o\n juiz. Se o condenado, o tatuador pode ser preso por até oito anos e ainda ter\n que pagar a cirurgia plástica.\n \n \n \n \n