\n \n Com hematomas no olho direito e marcas de agressão espalhadas pelo\n corpo, um menino de onze anos foi mantido escondido pela própria mãe e o\n padrasto em sua residência, no bairro Nova Lima, região norte de Campo Grande,\n desde sexta-feira (18). \n \n O caso chegou ao conhecimento da polícia através de uma denúncia\n anônima. “Desde segunda-feira (21), os policiais buscam o menino e ele só não\n foi encontrado ontem porque a mãe disse que ele estava bem, sem lesões e\n estaria em um velório em Terenos, o que foi desmentido logo depois”, conta a\n delegada titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao\n Adolescente), Regina Márcia de Brito. \n \n Porém, o mais grave foi à descoberta, na manhã desta quarta-feira\n (23), que a mãe e o padrasto do menino eram os agressores. “O garoto chegou\n aqui muito nervoso, chorava muito e só conseguiu falar das agressões depois de\n muita conversa. Ele estava escondido em outra casa e disse que apanha\n constantemente e nem sabe o motivo”, diz a delegada Regina. \n \n O menino é fruto de um relacionamento de Renata Portilho Lopes, 25\n anos com o seu primeiro marido. Atualmente ela está grávida, mas além do menino\n ela possui mais três filhas, de nove, sete e um ano de idade. Apenas a mais\n nova é filha de Carlos Candido da Silva, 34 anos, padrasto do menino espancado.\n \n \n Em depoimento a delegada Regina, ela nega as agressões.\n “Testemunhas serão intimadas para falar sobre as agressões, mas o menino aponta\n a mãe e o padrasto como agressores. E outras denúncias de agressões por parte\n dela já chegaram anteriormente ao Conselho Tutelar”, fala a delegada. \n \n Se comprovado o fato, Renata e Carlos serão indiciados por Lesão\n Corporal Dolosa e Falso Testemunho, além de maus-tratos qualificado, já que se\n trata de uma criança de dez anos. “A criança foi encaminhada para um abrigo e\n estudo a possibilidade de pedir o ‘abrigamento’ das outras crianças”, conclui a\n delegada. \n \n \n \n \n