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A diarista Rozely Henrique, de 43 anos, conhecida por Buga, que matou o filho de 17 anos no dia 21 de julho deste ano no Jardim Centro-Oeste, disse que esfaqueou o adolescente porque foi desafiada por ele na porta de casa.
Ela está presa desde então numa penitenciária feminina do Estado e foi denunciada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por homicídio qualificado. A primeira audiência sobre o caso, para ouvir testemunhas de acusação, foi marcada para o próximo dia 14, às 16h, no Fórum.
Na delegacia, até então presa por tentativa de homicídio, porque o adolescente foi socorrido com vida, a mulher relatou que a briga começou com o marido, padrasto da vítima. O adolescente, que foi criado pela avó paterna, não morava com a mãe, mas havia ido visitá-la naquele dia.
Segundo a mulher, discutia com o seu companheiro, quando a vítima interveio em defesa do padrasto, afirmando que a odiava. Rosely, armada com uma faca, falou que se o filho repetisse novamente que a odiava, ela o esfaquearia.
O menino repetiu a frase e acabou ferido gravemente na região da barriga. Após o crime, o garoto foi socorrido pelos moradores com as vísceras expostas. A mulher foi presa em flagrante. À polícia, ela confirmou que a briga começou por causa do marido.
Questionada pelo delegado se havia prestado socorro ao filho, a mulher disse que não, mas afirmou estar arrependida. Rosely relatou ainda que é mãe de 13 filhos, somente a vítima era menor de idade, trabalhava com reciclagem, ganhava R$ 100 por semana e era usuária de pasta base de cocaína. Contou também que já havia sido presa por tentar matar o ex-marido.
O adolescente foi morto na tarde de um domingo, na Rua Pirapitinga, em Campo Grande. Ele chegou a ser socorrido para a Santa Casa, mas morreu horas depois. Um dos irmãos do garoto ao vê-lo ferido, antes de ser socorrido, e Rosely algemada, disse que ela não merecia ser mãe, "pois colocou os filhos no mundo para sofrer".