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Agentes da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações, Falimentares e Fazendários (DEDFAZ) de Campo Grande prenderam São Paulo um suposto estelionatário acusado de aplicar golpes milionários na venda de veículos de luxo. A investigação começou depois que o marido de uma delegada de Mato Grosso Dos sul foi vítima de golpe.
Com autorização judicial, a prisão aconteceu na quarta-feira (6), mas divulgada somente nesta sexta-feira (8). O falso comerciante, identificado apenas como R.B.S, de 50 anos, conhecido como Pirula, foi localizado e preso em um flat no bairro Aclimação, região nobre da capital Paulista.
Informações ainda não confirmadas pela polícia dão conta de que, no momento da prisão, ele estaria com R$ 1,6 milhão em dinheiro. Também foi apurado que o comerciante ostentava vida de luxo com a esposa e um filho de 15 anos no hotel Genéve, onde pagava R$ 2,8 mil por mês apenas para um personal trainer o acompanhar na academia.
A polícia recebeu autorização judicial para prender o estelionatário e trazê-lo para Campo Grande depois de receber denúncia de que um campo-grandense que teria sofrido prejuízo de cerca de R$ 800 mil. Ele denunciou à polícia que comprovou dois veículos de luxo, fez os depósitos e depois disso o vendedor sumiu sem entregar os carros.
Depois desta denúncia, os agentes da DEDFAZ iniciaram uma investigação e descobriram que existiam em torno de 30 boletins de ocorrência na região de Araçatuba (SP) apontando o mesmo tipo de golpe.
Conforme a polícia, o prejuízo teria sido milionário, pois ele oferecia veículos de alto padrão pela internet e exigia o depósito de parte do dinheiro para fechar os negócios.
Conforme o site RP10, a vítima que fez a denúncia em Campo Grande é natural de Araçatuba, mas atualmente reside em Mato Grosso do Sul. Ele alegou em depoimento que foi amigo de infância do comerciante e é casado com uma delegada de polícia, conforme apuração do site RP10.
Confiando na amizade, ele teria depositadp R$ 630 mil, sendo R$ 260 mil para a compra de uma Amarok e R$ 370 mil para a compra de uma SW4, da Toyota. No entanto, nunca mais conseguiu reaver o dinheiro e nem recebeu os veículos.
A reportagem do RP10 apurou que depois que começaram a surgir os boletins de ocorrência contra ele, o comerciante fugiu de Araçatuba e passou por Sorocaba e São Paulo, em apartamentos alugados. Atualmente, estava residindo no hotel onde foi preso.
A Justiça determinou a prisão preventiva do comerciante e caso seja condenado, a pena máxima é de apenas cinco ano.