Correio do Estado/LD
A médica que mandou cortar o pênis do ex-noivo em Juiz de Fora, na Zonada da Mata Mineira, afirmou que cometeu o crime porque teria ficado grávida e foi espancada pelo homem até perder o bebê. De acordo com o advogado de Myriam Priscilla de Castro, ela não pode ter filhos devido à violência que sofreu.
Ainda segundo a defesa da médica, que está presa na penitenciária Estevão Pinto, em BH, um ex-namorado de Myriam, que nunca foi julgado, também é responsável por executar o crime, e estaria fazendo ameaças constantes a ela.
O advogado também afirmou que o pai da médica, Walter Ferreira de Castro, de 76 anos, que está em prisão domiciliar, junto com um ex-namorado, arquitetou o crime contra o ex-noivo para vingar a violência sofrida por Myriam.
Na semana passada, a médica, que estava em um regime semiaberto, teve o direito de trabalhar suspenso pela Justiça, já que teria mudado de emprego sem notificar o TJMG. Ela estava atuando em uma Unidade de Pronto Atendimento de Belo Horizonte. Segundo o advogado de Myriam, uma audiência de justificação deve acontecer nas próximas semanas, para que ela consiga voltar ao trabalho.
Myriam cometeu o crime em 2002 e foi condenada em 2009, mas estava recorrendo em liberdade até 2014, quando foi presa. Mesmo condenada, o Conselho Regional de Medicina permitiu que ela exercesse a medicina.
O ex-noivo teria rompido o relacionamento com Myriam Castro na semana em que subiria ao altar. Pouco tempo depois, ele foi cercado por dois homens, que cortaram o seu pênis. O irmão da vítima foi obrigado a assistir à mutilação e desmaiou ao testemunhar a cena.