Sheila Forato
Uma mulher foi presa no final da tarde deste domingo (29), em sua residência, na Vila Bela em Coxim, por fornecer bebida alcoólica a um adolescente de 15 anos. A prisão aconteceu depois que Maria Cristina Rodrigues da Silva, de 55 anos, acionou a Polícia Militar por conta do som alto de um vizinho.
Os policiais foram ao local e notaram que em frente a casa da reclamante tinha um adolescente sentado, ingerindo vodka. Depois de conversar com o vizinho, que estava com som alto, eles retornaram a casa de Maria e questionaram quem tinha comprado a bebida alcoólica para o adolescente.
Ao informar que foi ela, Maria Cristina, que é avó do adolescente, foi presa em flagrante com base no artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que diz que é crime: “Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica”.
Levada para a delegacia de Polícia Civil, Maria Cristina só conseguiu se livrar da prisão mediante pagamento de fiança de 1/3 do salário mínimo. Entretanto, ela vai responder pelo crime e, caso seja condenada, pode pegar de dois a quatro anos de detenção, assim como o pagamento de multa.
Ao tentar se justificar aos policiais, Maria Cristina deu a entender que estava fazendo um agrado ao neto, que chegou sexta-feira (27) de Campo Grande. Ele é o adolescente que confessou ter matado José Salvador Silva Filho, 60 anos, mais conhecido como Zé Côco, em setembro do ano passado, no bairro Senhor Divino, em Coxim.
Como se fosse pouco, o adolescente em questão é irmão do adolescente de 17 anos que esfaqueou o tio, o zelador João Andrade dos Santos, de 54 anos, na tarde deste sábado (28), no Jardim dos Pequis, em Coxim. O flagrante da ingestão de bebida alcoólica pelo de 15 anos foi feito, inclusive, na mesma residência em que o de 17 anos foi localizado após o crime.
Conforme a Polícia Militar, o adolescente de 15 anos estava detido numa UNEI (Unidade Educacional de Internação) e foi liberado por alguns dias devido ao Coronavírus (Covid-19). A pandemia devolveu as ruas muitos adolescentes infratores, assim homens e mulheres que cometeram crimes de menor potencial.