Polícia
24/09/2013 07:26:10
Mulher assumiu matar estudante na Unicamp, afirmam testemunhas
Além de um adolescente que participou da briga, o namorado da suspeita relatou, em entrevista concedida ao lado da garota, que a ação foi em legítima defesa.
G1/LD
\n \n Após\n mais de 12 horas de depoimentos que terminou na madrugada desta terça-feira\n (24) e diligências sobre o assassinato de um estudante dentro do campus da\n Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), testemunhas do caso afirmaram à\n imprensa que uma jovem de 20 anos assumiu para a polícia a autoria do crime.\n Além de um adolescente que participou da briga, o namorado da suspeita relatou,\n em entrevista concedida ao lado da garota, que a ação foi em legítima defesa. O\n delegado Rui Pegolo disse que "oficialmente" não há confissão, mas\n que o caso está prestes a ser esclarecido.\n \n "Foi\n comprovado que foi legítima defesa. O cara tentou agarrar ela à força, bateu\n nela e foi legítima defesa. Ele foi o culpado. Infelizmente ele morreu, por\n isso não está aqui para comprovar nada", afirmou o namorado da suspeita ao\n deixar a delegacia ao lado da companheira, que permaneceu em silêncio enquanto\n ele fazia o relato.\n \n O\n companheiro da suspeita também participou da confusão e, pela manhã, embora\n tenha negado a autoria do crime, admitiu ter agredido Denis Papa Casagrande, de\n 21 anos, que morreu no local. Segundo alguns policiais ouvidos pelo G1, a falta da situação de flagrante - quando o autor é\n pego imediatamente após o crime - pode explicar o fato de a menina ter sido\n liberada pelo delegado.\n \n Durante\n todo o dia, um adolescente, que é amigo do casal e presenciou a confusão,\n também permaneceu na delegacia para ser ouvido. Na saída da delegacia, ele\n também relatou que a jovem confessou o crime e, ao lado da mãe, que preferiu\n não se identificar, repetiu o discurso de que ela teria agido em legítima\n defesa. "Ele provocou. Não só para xavecar. Eles queriam que a gente\n saísse da festa", contou o menor que disse que a turma, que se\n autointitula "punk", teria sido hostilizada por universitários.\n \n Da paz
\n O estudante de engenharia de controle e automação foi esfaqueado dentro do\n campus, na madrugada de sábado (21), durante uma festa universitária. "Ele\n era um menino da paz. Estava até envolvido em uma campanha contra a violência\n em Barão Geraldo", disse a mãe da vítima, Maria Lurdes Papa Casagrande,\n que vive em Piracicaba (SP).\n \n Nas\n redes sociais, amigos do universitário também saíram em defesa do rapaz.\n "Quem o conhecia sabe muito bem que Denis nunca apresentou histórico de\n comportamento desrespeitoso como o que tem sido veiculado. Além do mais, nunca\n participaria de uma briga como essa e tampouco por uma garota totalmente\n desconhecida".\n \n Faca apreendida
\n Por volta das 23h desta segunda, Pegolo e parte da equipe dele saíram em\n diligência com a garota suspeita. Policiais relataram ao G1 que eles teriam ido até a Unicamp, no local onde ela\n teria abandonado a arma usada no crime. Quando retornaram para a delegacia, um\n dos investigadores carregava um objeto em formato de faca envolto por um\n plástico. Questionado sobre a apreensão da arma, o delegado disse que esta\n informação ainda não pode ser divulgada.\n \n Após\n encerrar os trabalhos, Pegolo afirmou, ainda, que o inquérito continua em\n aberto e que as investigações serão retomadas na manhã desta terça,\n agora,nbsp; com o relato de pessoas ligadas ao universitário. O delegado\n disse, ainda, que vai tentar acesso a imagens do circuito de câmeras da\n universidade com registro da confusão. "As investigações avaçaram\n satisfatoriamente. A Polícia Civil investigou hoje exaustivamente. Dependemos\n da parte contrária ser ouvida e imagens pra gente fechar o inquérito policial.\n A gente espera fechar o caso esta semana", afirmou.\n \n Omissão de socorro
\n A família acusa a universidade de omissão de socorro, já que, segundo a mãe\n dele, estudantes pediram auxílio da segurança para providenciar ajuda à vítima,\n o que foi negado. Eles pediram parar entrar com o veículo para socorrê-lo, mas\n só tiveram permissão quando meu filho já estava praticamente morto, disse\n Maria Lourdes.
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\n Unicamp diz que festa é\n ilegal
\n A entrada de carros no campus é restrita. Questionada pelo G1\n a universidade disse apenas, em nota oficial, que por meio de suas instâncias\n institucionais, acompanhará as investigações com todo empenho e atenção que o\n caso merece. E reafirmou que a festa foi organizada sem autorização da\n instituição, e que irá apurar as responsabilidades sobre a realização e os\n fatos ocorridos. A Unicamp declarou luto oficial de três dias em razão do\n falecimento do universitário.
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\n No boletim de ocorrência, é mencionada uma briga generalizada durante a\n festa. Em publicação em rede social, amigos da vítima questionam a versão.\n Primeiramente, sabe-se que não foi uma briga que causou o assassinato de Denis\n e sim o assassinato de Denis que desencadeou a revolta dos presentes, diz o\n texto.\n \n \n \n \n
\n O estudante de engenharia de controle e automação foi esfaqueado dentro do\n campus, na madrugada de sábado (21), durante uma festa universitária. "Ele\n era um menino da paz. Estava até envolvido em uma campanha contra a violência\n em Barão Geraldo", disse a mãe da vítima, Maria Lurdes Papa Casagrande,\n que vive em Piracicaba (SP).\n \n Nas\n redes sociais, amigos do universitário também saíram em defesa do rapaz.\n "Quem o conhecia sabe muito bem que Denis nunca apresentou histórico de\n comportamento desrespeitoso como o que tem sido veiculado. Além do mais, nunca\n participaria de uma briga como essa e tampouco por uma garota totalmente\n desconhecida".\n \n Faca apreendida
\n Por volta das 23h desta segunda, Pegolo e parte da equipe dele saíram em\n diligência com a garota suspeita. Policiais relataram ao G1 que eles teriam ido até a Unicamp, no local onde ela\n teria abandonado a arma usada no crime. Quando retornaram para a delegacia, um\n dos investigadores carregava um objeto em formato de faca envolto por um\n plástico. Questionado sobre a apreensão da arma, o delegado disse que esta\n informação ainda não pode ser divulgada.\n \n Após\n encerrar os trabalhos, Pegolo afirmou, ainda, que o inquérito continua em\n aberto e que as investigações serão retomadas na manhã desta terça,\n agora,nbsp; com o relato de pessoas ligadas ao universitário. O delegado\n disse, ainda, que vai tentar acesso a imagens do circuito de câmeras da\n universidade com registro da confusão. "As investigações avaçaram\n satisfatoriamente. A Polícia Civil investigou hoje exaustivamente. Dependemos\n da parte contrária ser ouvida e imagens pra gente fechar o inquérito policial.\n A gente espera fechar o caso esta semana", afirmou.\n \n Omissão de socorro
\n A família acusa a universidade de omissão de socorro, já que, segundo a mãe\n dele, estudantes pediram auxílio da segurança para providenciar ajuda à vítima,\n o que foi negado. Eles pediram parar entrar com o veículo para socorrê-lo, mas\n só tiveram permissão quando meu filho já estava praticamente morto, disse\n Maria Lourdes.
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\n No boletim de ocorrência, é mencionada uma briga generalizada durante a\n festa. Em publicação em rede social, amigos da vítima questionam a versão.\n Primeiramente, sabe-se que não foi uma briga que causou o assassinato de Denis\n e sim o assassinato de Denis que desencadeou a revolta dos presentes, diz o\n texto.\n \n \n \n \n