VERSÃO DE IMPRESSÃO
Polícia
23/01/2023 17:22:00
Oito extremistas de MS foram soltos e serão monitorados por tornozeleira eletrônica

Correio do Estado/LD

Por decisão judicial, oito pessoas de Mato Grosso do Sul acusadas de participar dos atos em Brasília foram liberadas da prisão mediante uso de tornozeleira eletrônica. A divulgação foi feita pela Secretaria de Administração Penitenciária (SEAPE).

Os oito nomes que aparecem na listagem atual, já apareciam na lista de presos provisórios no sábado (21), contudo, na relação que identificava homens e mulheres que estavam presas no Centro de Detenção Provisória II e Penitenciária Feminina de Brasília, respectivamente.

Na listagem anterior foram publicados 32 nomes que estavam sob custódia, mas, com a conversão das oito prisões, este número diminuiu para 24, dos quais 16 são homens e nove são mulheres.

Veja lista dos manifestantes que estão usando tornozeleira:

Elaine Ferreira Gonçalves

Jeferson Franca da Costa Figueiredo

Leandro do Nascimento Cavalcante

Madalena Severa dos Santos

Maria Aparecida Barbosa Feitosa

Mario Jose Ott

Ricardo Moura Chicrala

Valeria Arruda Gil

Entre as pessoas que estão sendo monitoradas por tornozeleira, está o Mário José Ott, de 59 anos, morador do Assentamento Nova Itamarati, em Ponta Porã, na fronteira de MS com o Paraguai.

Conforme já mostrado pelo Correio do Estado, no dia 15 deste mês, Ott é o autor de um áudio que circula pelas redes sociais no qual ele pede golpe militar e expulsão de todos os “esquerdistas” do país.

No mesmo áudio, o trabalhador rural afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu a eleição por meio de fraude nas urnas eletrônicas, fato que já foi comprovado ser falso pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

INVESTIGAÇÕES

Nesta segunda-feira (23), o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu três inquéritos para investigar os autores, executores e financiadores dos crimes ocorridos na Praça dos Três Poderes e nos prédios do Congresso, STF e Planalto do Planalto, sede do Executivo.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que os investigados cometeram crimes previstos na lei antiterrorismo e também no Código Penal.

“ [...] omissivas e comissivas dos financiadores e partícipes por auxílio material dos crimes de terrorismo previsto na Lei nº13.206/2016, associação criminosa abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime, estes últimos previstos no Código Penal, no contexto dos atos praticados no dia 8 de janeiro de 2023, na Praça dos Três Poderes(...)", diz trecho do documento.