VERSÃO DE IMPRESSÃO
Polícia
12/09/2023 15:25:00
Padeiro afirma que perdeu a cabeça ao ser chamado de “corno” pela esposa
Em depoimento, Juliano Azevedo disse lembrar apenas do primeiro golpe que deu no ombro da vítima

CGN/LD

Preso após ser apresentar na Delegacia de Polícia Civil de Anastácio, na tarde de segunda-feira (12), o padeiro Juliano Azevedo Cardoso, 28 anos, alegou em depoimento que perdeu a cabeça ao ser chamado de “corno” pela então esposa Mikaela Oliveira Rodrigues, 22 anos. Além disso, o assassino confesso da mulher afirmou que lembra apenas do primeiro golpe que deu no ombro da vítima.

Juliano esteve na delegacia acompanhado pelo advogado, mas acabou ficando preso por conta de um mandado já expedido pela Justiça. À polícia, ele afirmou que em outubro completaria 9 anos de casado com a vítima e que o crime teria acontecido na noite de quinta-feira (7).

Em depoimento, o padeiro afirmou que voltava de uma lanchonete junto com a família quando percebeu que a esposa estaria trocando mensagens com alguém. A mulher tentava esconder o que estava fazendo, mas em certo momento ele conseguiu tomar o celular da mão de Mikaela.

Segundo Juliano, a vítima estaria conversando com um homem, identificado como Jhony, e que as mensagens mostravam que os dois estariam mantendo um relacionamento já que se chamavam de “amor”. Com isso, ele alega que o casal passou a discutir ainda dentro do carro, com as crianças dormindo no banco traseiro.

Ao chegar em casa, o autor afirma que entrou com a esposa na varanda e os filhos ficaram no carro. A discussão continuou ali, até que Mikaela o teria chamado de “corno”. Juliano então diz que neste momento perdeu a cabeça e pegou um canivete, que carregava para todos os lados, e então deu um golpe no ombro da vítima.

De acordo com o relato, após ser ferida, Mikaela foi até o banheiro e então o autor afirma não se lembrar do que aconteceu depois. Na delegacia, o padeiro afirmou que só recuperou a consciência quando estava em frente à casa do suposto amante da vítima. Juliano então diz que foi tomado pelo desespero ao ver o canivete e as roupas sujas de sangue.

O homem então correu para casa, trocou de roupas e seguiu até a residência de sua mãe com as crianças ainda dormindo no carro. Lá ele disse apenas que havia feito besteira e precisava sair da cidade e ela teria que ir junto para cuidar das crianças.

Ainda conforme o depoimento, quando estava saindo da cidade ele mandou mensagens para o padrasto de Mikaela, acreditando que ele ainda poderia encontrar a vítima com vida e seguiu para Campo Grande, onde deixou os filhos e a mãe na casa de um familiar. Depois voltou para se entregar à polícia.

Juliano terminou o depoimento afirmando que era muito apaixonado pela esposa e que perdeu a cabeça ao saber da suposta traição e que se apresentou para pagar pelo que fez. O canivete usado no crime foi entregue na delegacia e o autor deve ser encaminhado para presídio ainda nesta terça-feira (12).