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Polícia
13/08/2013 06:43:41
Perícia recebe celulares de família de PMs morta na Zona Norte
Peritos vão analisar as ligações feitas e recebidas por policiais mortos. Laudos sobre local do crime só devem sair na semana que vem.

G1/PCS

Foto: Reprodução
\n \n O Instituto\n de Criminalística de São Paulo recebeu\n nesta segunda-feira (12) cinco celulares, um computador e um tablet da família\n Pesseguini, encontrada morta dentro de casa.
Os peritos vão analisar as\n ligações feitas e recebidas pelos ocupantes da casa entre a noite de domingo\n (4) e a manhã de segunda-feira (5).nbsp; Quatro pessoas foram ouvidas nesta\n segunda: um tio-avô do menino, um policial que trabalhava como paí dele, a mãe\n de um aluno e o aluno. \n \n Na\n segunda-feira (5) foram encontrados os corpos de Luis Marcelo Pesseguini,\n sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), da mulher dele, a cabo\n PM Andreia Pesseguini e do filho deles, Marcelo, de 13 anos.nbsp; Na casa da\n frente estavam os corpos da mãe e da tia da policial, cada um com um tiro na\n cabeça, disparados de uma pistola da PM sob responsabilidade de Andreia.
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\n A análise dos aparelhos vai mostrar aos peritos quantas ligações o sargento\n Pesseghini e a cabo Andréia receberam entre a noite de domingo (4) até a manhã\n de segunda-feira (5) e quem ligou para eles.\n \n Jánbsp; se\n sabe que o celular do policial tinha duas ligações não atendidas, feitas por um\n oficial da Rota, que comandaria um pelotão até a região de Presidente Prudente.\n Ele estranhou que o sargento não apareceu no batalhão.nbsp; Dos computadores,\n a perícia vai verificar se Marcelo Pesseghini deixou alguma mensagem ou se\n apagou algum arquivo no dia em que a família inteira morreu.\n \n Os médicos\n legistas já sabem a posição e a distância dos tiros que mataram as cinco\n pessoas. Mas ainda não concluíram qual foi a sequência das mortes.
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\n Exames como a concentração de substâncias químicas podem dar essa resposta.
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\n Alguns não podem ser realizados pelos laboratórios da Polícia Científica e\n devem ser feitos na Universidade de São Paulo (USP).
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\n Por causa disso, os primeiros laudos sobre o local do crime e a análise dos\n corpos só devem sair na semana que vem.\n \n A polícia já\n ouviu 21 pessoas. Hoje foi a vez do tio-avô do menino prestar depoimento.
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\n Até agora a polícia já tem certeza que depois dos crimes, Marcelo dirigiu o\n carro da mãe até a escola de madrugada, assistiu às aulas, voltou pra casa de\n carona e se matou.nbsp;
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\n Também sabe que o menino tinha adoração pelo pai. Depois de uma semana fechada,\n a escola onde Marcelo estudava reabriu as portas e retomou as aulas.\n \n Laudo
\n A informação sobre quando o sargento foi morto é baseada na análise das manchas\n de sangue e constará no laudo do Instituto de Criminalística que será entregue\n à Polícia Civil. O laudo necroscópico das outras vítimas também deverá ser\n concluído na próxima semana. A Polícia Civil aguarda agora a análise do\n computador usado pelo adolescente e dos telefones celulares da família.\n \n Na semana\n passada, a polícia já havia informado que exames preliminares apontavam a\n sequência de mortes na residência da Rua Dom Sebastião.\n \n Primeiro teria\n morrido o pai do garoto, depois a mãe, a cabo Andréia Regina Bovo Pesseghini,\n de 36 anos, em seguida, a avó dele, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos, e a\n tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos.\n \n A Polícia\n Civil quer ouvir também duas vizinhas da família do garoto. Uma delas teria\n presenciado por diversas vezes Marcelo colocando e tirando o carro da garagem\n da casa onde ocorreram os crimes.\n \n A outra\n vizinha, segundo Franco, relatou a uma emissora de televisão ter visto um carro\n rondando a casa da família Pesseghini.\n \n A polícia\n tenta ainda localizar outras duas vizinhas que teriam ouvido os tiros e outros\n colegas de Marcelo. Para a Polícia Civil, Marcelo é suspeito de assassinar a\n própria familia e depois se matar.\n \n O delegado\n geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Blazec, disse que a investigação ainda\n não está concluída. "Nada está sendo desprezado, todos os informes\n trazidos pelas testemunhas estão sendo verificados e serão checados. A linha de\n investigação principal ainda é a autoria atribuída ao menino. O caso ainda não\n está concluído, aguardamos os laudos a fim de que eles possam ou não comprovar\n de forma concreta esta tese", disse Blazec.\n \n Na\n quinta-feira (8), um policial militar ouvido no DHPP disse que o sargento da\n Rota havia ensinado o filho a atirar. A informação foi confirmada pelo delegado\n Itagiba Franco, responsável pela investigação.\n \n Todas as\n vítimas morreram com tiros na cabeça disparados pela pistola .40 que pertencia\n a Andréia, indicou a perícia realizada nos corpos. O delegado citou que Marcelo\n tinha 1,60 metro e não era um garoto franzino, apontando que ele tinha condição\n de manipular a arma. A testemunha disse ter presenciado uma dessas "aulas\n de tiro", que ocorriam em um estande na Zona Sul da capital paulista.\n \n O PM, que\n morava na mesma rua da família, também informou ao DHPP que o sargento e a mãe\n do jovem, a cabo Andréia Pesseghini, ensinaram o filho a dirigir automóveis e\n que o jovem tirava o carro da família todos os dias da garagem. O automóvel foi\n localizado na rua onde o garoto estudava e a polícia investiga se ele dirigiu\n até lá, assistiu à aula e só depois retornou para casa e se matou\n \n O\n procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, designou os promotores\n Norberto Joia e André Luiz Bogado Cunha para acompanhar as investigações sobre\n as mortes da família na Zona Norte. Os promotores deverão acompanhar Franco em\n todas as oitivas.\n \n Motivação
\n O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo disse na quinta-feira que as\n investigações buscam, agora, a motivação do crime.\n \n Questionado\n se existe a possibilidade da participação de outra pessoa no crime, Blazeck\n informou que essa “não é uma questão fechada”. “Dependemos dos laudos para\n confirmar isso. Por enquanto, continua a versão inicial”, disse, em relação ao\n envolvimento apenas do garoto de 13 anos nos assassinatos.\n \n \n