A Polícia Federal concluiu no dia 5 de \n dezembro o inquérito que investigava a morte do indígena Oziel Gabriel, \n 35 anos. O terena foi atingido por um tiro no dia 30 de maio, durante a \n reintegração de posse da fazenda Buriti, em Sidrolândia, a 71 \n quilômetros de Campo Grande.O inquérito nº 240/2013, assinado \n pelo delegado Paulo Machado, tem 2.100 páginas, mas não aponta quem \n disparou a arma de fogo que causou a morte de Oziel. Conforme a \n assessoria de imprensa da PF, não houve indiciamentos porque o projétil \n não foi encontrado, por isso, não há como determinar a autoria.Agora,\n o caso está nas mãos da Justiça Federal e do Ministério Público \n Federal, que receberam o documento no dia 6 de dezembro. Foram colhidos \n mais de 70 depoimentos, entre indígenas, policiais federais e militares -\n inclusive da então Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e \n Operações Especiais), tropa de choque da PM, hoje alçada à Bope, que \n participou da reintegração - e jornalistas, além de anexados laudos \n técnicos periciais.O caso – Oziel foi morto \n durante a operação de reintegração de posse da Buriti, que estava \n ocupada por índios terena desde o dia 15 de maio. Eles se negavam a \n deixar a propriedade, sob alegação de que a área é indígena.nbsp;O \n proprietário da fazenda, Ricardo Bacha, conseguiu que a Justiça \n concedesse a reintegração, que foi cumprida no dia 30 de maio pela \n Polícia Federal, com reforço da Cigcoe. O conflito durou cerca de oito \n horas.nbsp;Na época, o major Marcos Paulo Gimenez, responsável pela \n operação, afirmou que a PM não portava armas de fogo, apenas armamento \n não-letal.Além de Oziel, outros cinco terena ficaram feridos, \n quatro homens e uma mulher. A Policia Federal garante que três policiais\n tiveram escoriações. No total, 15 indígenas foram detidos e \n encaminhados para a sede da PF, em Campo Grande.