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Polícia
19/07/2012 09:00:00
PF tem dois suspeitos por morte de agente em cemitério do DF
A Polícia Federal já tem dois suspeitos de envolvimento no assassinato do policial federal Wilton Tapajós Macedo. O agente foi morto na última terça-feira, no cemitério Campo da Esperança, ao visitar o túmulo dos pais.

Terra/LD

\n \n A Polícia Federal já tem dois suspeitos de envolvimento no\n assassinato do policial federal Wilton Tapajós Macedo. O agente foi morto na\n última terça-feira, no cemitério Campo da Esperança, ao visitar o túmulo dos\n pais. A superintendência da corporação no Distrito Federal afirma não ter mais\n informações sobre o caso, que segue sendo investigado. \n \n Na manhã desta quinta-feira foi realizado o enterro de Macedo, no\n mesmo cemitério onde foi assassinado. O cortejo reuniu familiares, amigos e\n colegas da PF. O corpo do policial foi enterrado ao som de sirenes de viaturas\n da corporação. \n \n Wilton Tapajós Macedo atuou na Operação Monte Carlo, que resultou\n na prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Ele trabalhava no núcleo de\n inteligência da Polícia Federal. Macedo visitava o túmulo dos pais quando foi\n morto, com dois tiros.\n \n Carlinhos Cachoeira
\n Acusado\n de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o\n Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em\n 29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz,\n assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe pedia propina. O\n escândalo culminou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e na\n revelação do suposto esquema de pagamento de parlamentares que ficou conhecido\n como mensalão.\n \n Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF\n apontaram diversos contatos entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (GO),\n então líder do DEM no Senado. Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo\n telefônico não havia obedecido a critérios legais, confirmou amizade com o\n bicheiro, mas negou conhecimento e envolvimento nos negócios ilegais de\n Cachoeira. As denúncias levaram o Psol a representar contra Demóstenes no\n Conselho de Ética e o DEM a abrir processo para expulsar o senador. O goiano se\n antecipou e pediu desfiliação da legenda.\n \n Com o vazamento de informações do inquérito, as denúncias\n começaram a atingir outros políticos, agentes públicos e empresas, o que culminou\n na abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira. O\n colegiado ouviu os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e\n Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, que negaram envolvimento com o grupo do\n bicheiro. O governador Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, escapou de ser\n convocado. Ele é amigo do empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta,\n apontada como parte do esquema de Cachoeira e maior recebedora de recursos do\n governo federal nos últimos três anos.\n \n Demóstenes passou por processo de cassação por quebra de decoro\n parlamentar no Conselho de Ética da Casa. Em 11 de julho, o plenário do Senado\n aprovou, por 56 votos a favor, 19 contra e cinco abstenções, a perda de mandato\n do goiano. Ele foi o segundo senador cassado pelo voto dos colegas na história\n do Senado.\n \n \n \n \n