CGN/PCS
Foi identificado como Donizete Veríssimo Dias, 54 anos, o piloto sul-mato-grossense preso na noite do último sábado (6) após fazer pouso forçado com 420 kg de cocaína na cidade de Rio Sono, no interior do Tocantins. Reincidente, o piloto cumpriu pena em regime fechado pelo mesmo crime e estava em liberdade desde junho de 2023.
Donizete, que exerceu o cargo de secretário do Aeroclube de Dourados, foi preso em 16 de novembro de 2015 em Gabriel Monteiro (SP), região de Araçatuba. O piloto e um empresário do Paraná estavam a bordo de uma aeronave Sêneca EMB-810C quando foram interceptados pela Força Aérea Brasileira em Mato Grosso do Sul e foram perseguidos até cidade paulista, onde fizeram um pouso forçado em uma fazenda onde funcionava uma oficina de aviões.
No interior do avião foram encontrados 400 quilos de pasta base de cocaína. Na época, o empresário disse que foi contratado por US$ 100 mil para comprar e vender a droga e que ganharia a aeronave depois do trabalho. O piloto de Mato Grosso do Sul informou que foi contratado pelo empresário por R$ 50 mil, mas não sabia que era para transportar a droga, que foi avaliada em R$ 7 milhões. A dupla foi presa por tráfico internacional e encaminhada para a cadeia de Penápolis (SP).
Em 2016 a Justiça Federal de Araçatuba condenou por 10 anos e 2 meses de prisão os dois homens. Após ter cumprido parte da pena no regime fechado, Donizete conseguiu liberdade provisória em junho do ano passado, no entanto, o piloto não poderia se ausentar do município sem a prévia autorização judicial.
Caso
O piloto sul-mato-grossense preso na noite de sábado(6) após realizar um pouso forçado em uma área rural no município de Rio Sono, no interior do Tocantins. A aeronave, que ficou danificada devido a aterrissagem brusca, transportava uma carga de 420 quilos de cocaína.
Após denúncia anônima à Polícia Militar do Tocantins se deslocou à propriedade rural e encontraram o piloto, que apresentava ferimentos leves na cabeça decorrentes do impacto do pouso forçado.
Dentro da aeronave, os militares localizaram os 420,9 kg da substância ilícita, divididos em dez pacotes de aproximadamente 40 quilos cada. Em interrogatório, o piloto confessou ter carregado a droga em Corumbá, a 579 quilômetros de Coxim, e teria como destino uma fazenda no Tocantins.