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Polícia
03/12/2014 10:12:00
Polícia Civil vai indiciar quatro por furto de gado e associação criminosa
Para o delegado, não resta dúvida do envolvimento dos quatro no furto das cabeças de gado na fazenda Baía Formosa, no município de Rio Verde.

Sheila Forato

Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil de Rio Verde vai indiciar quatro pessoas por furto de gado e associação criminosa, nova tipificação para o crime de formação de quadrilha.

Segundo o delegado Eder Oliveira Morais, serão indiciados Geraldo José Bezerra, José Nedir Laurindo de Souza (Nedo), João Paulo Casal Batista e Paulo Cezar Maldonado Pietro (Bugão), todos moradores de Coxim.

Para o delegado, não resta dúvida do envolvimento desses quatro no furto de aproximadamente 250 cabeças de gado da fazenda Baía Formosa, no município de Rio Verde, ocorrido em outubro de 2014.

Morais chegou a pedir a prisão dos quatro, mas, apesar do parecer favorável do MPE (Ministério Público Estadual), a Justiça negou a preventiva. Como o pedido corre em segredo a imprensa não tem acesso aos detalhes.

Para investigar o caso o delegado de Rio Verde deflagrou a operação “Carro de Boi”, que contou com a participação dos colegas de Coxim e Pedro Gomes, Silvia Elaine Girardi Menck, Gustavo Mussi e José Roberto de Oliveira Junior, respectivamente, assim como de policiais do SIG (Serviço de Inteligência Geral).

Na fazenda Recreio, de propriedade de Bezerra, a polícia encontrou 141 cabeças, além de ter localizado uma morta, no mesmo local. O restante, 102 cabeças, foram encontradas em Coxim, parte na fazenda Paraíso e o restante no assentamento Santa Terezinha.

Com exceção de Bugão, os outros três envolvidos negaram participação no crime, apesar de todos os indícios. Uma testemunha ouvida pelo delegado de Rio Verde chegou a declarar que, no dia 31 de outubro, foi até a fazenda Recreio, por meio de um corretor, para comprar o gado, que não sabia ser furtado.

De acordo com a testemunha, foi Geraldo Bezerra quem o levou até o mangueiro para mostrar o gado. Pouco tempo depois, Bezerra recebeu uma ligação e informou ao comprador que não tinha mais negociação, pois o rapaz não poderia mais passar as notas fiscais do gado.

A testemunha informou ainda que Bezerra entrou apressadamente em seu veículo, um Fiat Uno, e deixou a propriedade. Coincidentemente, a operação “Carro de Boi” tinha acabado de ser deflagrada pela Polícia Civil dos três municípios.