Polícia
31/07/2013 09:00:00
Polícia de PE apura denúncia de venda de bebês pela internet
A Polícia Civil de Pernambuco começa a investigar, nesta quarta-feira (31), um suposto esquema de venda ilegal de bebês pela internet. A página foi criada, em Pernambuco, no início do mês, no Facebook.
G1/LD
\n A Polícia Civil de Pernambuco começa a investigar, nesta quarta-feira (31), um suposto esquema de venda ilegal de bebês pela internet. A página foi criada, em Pernambuco, no início do mês, no Facebook. Lá, mulheres grávidas oferecem seus bebês a quem tem vontade de adotar por preços que variam entre R$ 7 mil e R$ 10 mil. As informações iniciais foram levadas à polícia pelo Ministério Público de Pernambuco. O delegado do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) do Recife, designado para o caso, Ademir de Oliveira, contou que uma mulher interessada na compra trocou e-mails com uma das gestantes. "Soubemos de uma pessoa, que me parece que queria obter o bebê para adoção. Em certo momento, a mulher que ofereceu a criança falou em dinheiro, então ela denunciou", explicou Ademir. O trabalho dos agentes pretende identificar as pessoas, chegar até elas e até as crianças e observar cada caso de negociação. A polícia vai analisar os diálogos entre as mães das crianças e as pessoas que pagariam as recompensas para avaliar se houve realmente o crime. O delegado informou ainda que o artigo 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente fala que ofertar criancas para adoção com pagamento ou recompensa penaliza tanto a pessoa que oferece como quem paga pela criança. "A conduta criminal vem de ambas as partes", disse. Ademir alerta à população que há um procedimento legal e seguro para adotar crianças, que investiga a vida das famílias em questão e descobre se a pessoa ou casal pretendendo adotar tem condições de sustentar um bebê. "Quando a pessoa utiliza um sistema não oficial, ela pode estar negociando com um pedófilo, um traficante de drogas, de pessoas. Queremos, com essa investigação, preservar estas crianças", afirmou Ademir. A polícia ainda não pode afirmar se já houve alguma negociação realizada e concluída através da página na internet. \n \n