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Polícia
04/09/2012 09:00:00
Policia faz reconstituição para tentar provar que esposa da vítima foi mentora de crime
A polícia concluiu que ele foi morto pelo concunhado a mando da própria esposa, porém, a Justiça questionou as provas contra a mulher.

Midiamax/LD

Foto: Graziela Rezende
\n \n O\n delegado da 2ª DP Weber Luciano fez reconstituição do assassinato de Leonídio\n Magalhães de Oliveira, 55 anos. O corpo foi encontrado no dia 24 de julho desse\n ano, em uma estrada vicinal do assentamento São José, no Jardim Anache, em\n Campo Grande. A polícia concluiu que ele foi morto pelo concunhado a mando da\n própria esposa, porém, a Justiça questionou as provas contra a mulher. \n \n De\n acordo com o que apurou a polícia e relatos do próprio cocunhado da vítima,\n Marta foi quem premeditou a morte de Leonídio, inclusive deixando uma barra de\n ferro no quarto dela à espera de oportunidade. Porém, a Justiça só concedeu\n prisão contra o autor e descartou em relação à mulher por entender que as\n provas contra ela são insuficientes para incriminá-la. \n \n Na\n tarde desta terça, durante reconstituição na casa onde teria acontecido o\n crime, Matheus Neves, 22 anos, o concunhado, disse que ele, a esposa da vítima,\n identificada como Marta Ferreira de Lima, 30 anos, e sua mulher estavam na\n cozinha quando em determinado momento, segundo o autor, a vítima fez ameaças de\n morte. “Vou matar você, sua mulher e sua filha”, teria dito a vítima. A frase,\n segundo Matheus, foi o estopim para cometer o crime. \n \n Na\n versão de Matheus, Leonídio era muito violento, inclusive agredia Marta, porém\n não há registros de boletim de ocorrência sobre isso. No dia do crime, Matheus\n disse que após a ameaça de morte feita por Leonídio, Marta sinalizou para o rapaz\n ir até o quarto buscar a barra de ferro, de aproximadamente 40 centímetros. \n \n Matheus\n afirma que ficou escondido numa espécie de corredor e foi Marta quem sinalizou\n o melhor momento para que ele voltasse para a cozinha para golpear Leonídio. O\n autor conta que a vítima estava sentada em um banco quando levou os três\n primeiros golpes na cabeça. Ao cair, levou mais três pancadas que arrebentaram\n com o crânio. A força empregada foi tanta que a perícia teve que fazer uma\n reconstituição da cabeça da vítima. \n \n Conforme\n relatos de Matheus, enquanto a vítima recebia os últimos golpes, Marta foi para\n o lado de fora da casa e ficou olhando pela janela. Quando percebeu que\n Leonídio tinha morrido, ela buscou um veículo Gol, entrou no quintal de ré. O\n corpo foi arrastado pelo autor até os fundos da casa e lá colocado no porta\n malas. A desova foi então nas proximidades do Hospital São Julião, no Jardim\n Anache. O cadáver só foi encontrado dois dias depois. \n \n De\n acordo com o delegado Weber Luciano, Marta foi intimada duas vezes para prestar\n depoimento, porém não compareceu em nenhuma. Na quarta-feira passada, ele e sua\n equipe foram até a casa dela e com uso de luminol detectaram vestígio de sangue\n na porta da cozinha. O delegado questionou sobre o Gol da vítima, mas a mulher\n disse que tinha vendido. A investigação localizou o carro e nele também feita a\n prova do reagente luminol e mais uma vez deu positivo para sangue. \n \n Só\n depois das duas provas com o reagente luminol serem positivas é que Marta,\n segundo o delegado, admitiu pela primeira vez que Leonídio foi morto na casa,\n porém que somente Matheus praticou o crime. Ela nega qualquer participação. A\n reconstituição é exatamente para descobrir a participação de Marta no caso. A\n polícia não tem dúvidas que de alguma forma ela ajudou o autor. \n \n Além\n de Marta e Matheus, a esposa do rapaz também participou da reconstituição na\n tarde dessa terça-feira. Ela estava na cozinha fazendo café quando o fato\n iniciou e acabou em morte. A polícia não revelou o nome dela porque ainda não\n sabe se ela será enquadrada como participante ou testemunha. Para o trabalho de\n reconstituição, os peritos levaram um gel semelhante a pele humana e também um\n boneco. \n \n Matheus\n já está preso por decisão da Justiça, já Marta não, mas isso pode acontecer\n depois da reconstituição dessa tarde, caso fique provado sua participação no\n assassinato. \n \n Primeira\n versão \n \n Logo que o cadáver foi encontrado, Marta disse à polícia que\n Leonídio saiu de casa com R$ 400 dizendo que ia para o “fervo”. No dia, as\n calças estavam abaixadas, porém ficou evidente durante a investigação que\n aconteceu porque a vítima foi arrastada pelas vestes ao ser colocada no porta\n malas e depois quando foi retirada e levada para dentro do mato. \n \n \n \n \n