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Após acusação de estupro contra a filha de cinco anos, os pais da menina foram ouvidos e liberados pela Polícia Civil de Sidrolândia. A denúncia chegou ao conhecimento das autoridades na última quarta-feira (21), através do Conselho Tutelar acionado para comparecer à escola onde a menina estuda.
Segundo a delegada responsável pela investigação Cynthia Gomes, durante o depoimento dos pais não houve contradição e disseram que não imaginavam que isso pudesse estar acontecendo [a denúncia no caso]. “Inclusive, o pai chorou muito durante o depoimento”, pontuou a delegada.
“Além do estupro, estamos também com outra linha de investigação, a gente acha que essa criança fantasiou alguma coisa, porque no depoimento que ela fez junto a nossa psicóloga esses traços ficaram nítidos de que ela estava fantasiando muita coisa. Não necessariamente tudo que ela disse foi fantasioso, mas continha muita fantasia no depoimento dela” explicou Cynthia.
A delegada explicou que a linha de investigação chegou a essa hipótese já que a menina dormia junto dos pais, e pode ter visto alguma prática sexual do casal ou por ela ter muito acesso à internet sem o controle dos pais essa criança, estava tendo acesso a conteúdos adultos, não necessariamente sexuais, mas conteúdos incompatíveis com a idade dela.
Cynthia ainda ressaltou que a menina tinha um conhecimento de termos e de atos sexuais de forma bem antecipada já que ela tem só cinco anos. “Foi feito exame nela e no exame não confirmou a conjunção carnal”, finalizou.
O caso não foi concluído e ainda existem algumas testemunhas para serem ouvidas, a investigação está sob a responsabilidade da Polícia Civil.
O caso - Para a conselheira tutelar a menina contou que todas as noites era obrigada a vestir uma lingerie - calcinha e sutiã da mãe - e era maquiada. Na sequência, presenciava os pais manterem relação sexual, além de fazerem uma "dancinha" para ela olhar. O pai também a estuprava, conforme o relato. Ao contar sobre o crime, a menina ainda afirmou que a mãe não gosta dela e que não "aguentava mais".
A criança chegou a filmar os pais "namorando" e mostrou para o avô paterno, que ficou "muito bravo" e afirmou que não se considerava mais pai do suspeito. Ela contou ainda que, quando viajavam, a mãe a escondia dentro do banco do carro quando via a polícia.
Ao Conselho Tutelar, a criança relatou que estava "muito triste" e não havia se alimentado ontem, pois o pai jogou todas as bonecas dela fora. A criança foi acolhida.