VERSÃO DE IMPRESSÃO
Polícia
29/06/2015 13:20:00
Polícia pode indiciar mais duas pessoas pelo vazamento de vídeo do corpo de Cristiano Araújo

Extra Online/PCS

A Polícia Civil de Goiás pode indiciar outras duas pessoas, além das três já indiciadas, pelo vazamento de um vídeo com imagens do corpo do cantor Cristiano Araújo, morto na última quarta-feira, em um acidente de carro. A possibilidade surgiu após depoimento do terceiro indiciado, o estudante de enfermagem Leandro Almeida Martins, que, de acordo com as investigações, foi a primeira pessoa a receber o vídeo gravado por Márcia Valéria dos Santos Louzado, funcionária da clínica Oeste, especializada na preparação de cadáveres para sepultamentos. Se confirmado o indiciamento, cinco pessoas, no total, vão responder por vilipêndio de cadáver, crime com pena prevista de 1 a 3 anos de reclusão e multa.

De acordo com o titular do 4º Distrito Policial de Goiânia, Eli José Oliveira, Leandro disse, em depoimento, que passou o vídeo para outras duas pessoas, que seriam suas parentes. O delegado diz que as duas pessoas citadas devem ser ouvidas ainda nesta semana.

— Esperamos mais duas pessoas que receberam as imagens. O Leandro falou que tinha passado essas imagens pra mais duas pessoas, que não foi ele que vazou, mas tudo indica que foi ele sim, com a Márcia, que divulgou de dentro da clínica. De acordo com as investigações, se ficar comprovado que elas divulgaram essas imagens no sentido humilhante e desprezível como foi o dessas primeiras pessoas que nós ouvimos, não resta dúvida que vão ser indiciadas — explica Eli José.

Ainda segundo o delegado, a polícia também investiga as fotos do corpo de Cristiano Araújo que vazaram na internet, antes mesmo da divulgação do vídeo gravado pela funcionária da clínica Oeste.

Uma série de imagens foram publicadas na conta no Instagram de uma mulher chamada Fernanda Rezende, filha de Edson Rezende, funcionário da unidade, que, na ocasião, disse ao EXTRA desconhecer o vazamento das imagens e não ser o autor delas.

Na legenda, Fernanda — que apagou o seu perfil na rede social após o caso — diz: “e aí chego em casa e vem meu pai todo chateado com sua cervejinha me contar: ‘Quer ver ele? Fui eu que o arrumei’. Agora a ficha caiu... impossível não ficar triste. Descanse em paz”.

— Não resta dúvida de que se forem fotos nesse sentido de vilipendiar cadáver, humilhante daquela forma, serão processados. Estamos investigando isso também. Vamos olhar com carinho essa história — explica o delegado.

Boataria

Neste domingo, um boato que circulava pelo WhatsApp dizia que Marco Antônio Ramos, um dos ex-funcionários da clínica Oeste indiciados pelo vazamento de imagens, teria sido assassinado a tiros, no interior de Goiás.

A informação foi desmentida pela polícia. Marco Antônio e Márcia foram demitidos por justa causa pela clínica, que proíbe que funcionários façam registros fotográficos ou em vídeo de cadáveres que passam pela unidade.