\n \n Cansados da velha frase: ‘Vocês têm que ter paciência’, dita\n inúmeras vezes pelo governador André Puccinelli (PMDB), de acordo com policiais\n civis, quando questionado sobre o reajuste salarial da categoria, eles\n queimaram um caixão em frente à governadoria, na tarde desta quarta-feira (10),\n iniciando uma ‘série de protestos’ e o indicativo de greve para maio, data base\n da Polícia Civil no Estado. \n \n “Há seis anos escutamos o governador nos pedir paciência quando se\n trata do nosso salário. Temos certeza que as outras categorias nos apóiam e\n juntos, protestando, estaremos formando uma reação em cadeia. E essa revolta\n ocorre principalmente porque em dois meses, foram gastos R$ 13 milhões em publicidade. Porque\n não utilizar este dinheiro com a compra de viaturas?”, questiona o policial\n André Carvalho Bittencourt, diretor do sindicato. \n \n Em ação inédita, os policiais civis saíram da sede do Sinpol/MS e\n realizaram uma carreata até a governadoria. O percurso, da avenida Euler de\n Azevedo, 13 de maio, Mato Grosso e por fim a governadoria, foi o momento em que\n os servidores relataram o descaso do governador, qualificando o como ‘tirano’,\n além de falar da falta de estrutura e efetivo, culminando em insegurança por\n parte da população. \n \n Já na governadoria, que ficou tomada por agentes no pátio e até\n mesmo na rua, os policiais queimaram um caixão, simbolizando um ‘policial civil\n que estaria sendo sepultado’. Eles levaram cartazes e pediam a todo o momento a\n presença da vice-governadora em exercício, Simone Tebet (PMDB). \n \n “Infelizmente, digo à população que vamos entrar em greve a partir\n do dia 2 de maio. Não queríamos parar os nossos serviços, mas o governador está\n nos obrigando a fazer isso e peço a todos que nos ajudem nessa campanha. Há\n menos de sete anos tínhamos o 6° melhor salário e hoje já somos o antepenúltimo\n Estado com o pior salário do país, uma vergonha”, finaliza o presidente do\n Sinpol/MS, Alexandre Barbosa. \n \n A reportagem do Midiamax\n questionou a assessoria de comunicação do governo se eles iriam se posicionar\n sobre o manifesto, mas eles disseram que não vão falar.