Foragida do sistema penitenciário, Márcia\n Aparecida Arena, 48 anos, foi indicada pela Polícia Civil por apresentar um\n atestado falso de trabalho. \n \n Ela cumpria pena no presídio feminino de Três\n Lagoas por tráfico de drogas e apresentou ao Poder Judiciário um atestado falso\n de trabalho emitido por Michella Cardoso Ferreira de Barros, 35, para ganhar o\n direito de deixar a penitenciária.\n \n Conforme a assessoria da Polícia Civil, no\n documento, com firma reconhecida em cartório, Michella declara que a\n presidiária trabalha em sua casa como babá de segunda-feira a sábado, bem como\n domingos e feriados, das 8 horas da manhã até 6 horas da tarde. O documento foi\n anexado aos autos de execução penal.\n \n O juiz encaminhou o documento à 1ª Delegacia de\n Polícia Civil da cidade para que fosse investigado. O delegado responsável pelo\n caso, Paulo Souza, encaminhou o documento para exame grafotécnico, que\n comprovou ser de Michella a assinatura.\n \n Conforme Paulo, “ela e a detenta foram ouvidas e\n entraram em contradição quanto as datas e horários de trabalho”, explicou o\n delegado.\n \n “Nós instauramos um inquérito policial para\n apurar os fatos e diante das provas indiciamos a Michella por falsidade\n ideológica, previsto no artigo 299 do Código Penal e Márcia pelo crime de uso\n de documento falso, previsto no artigo 304, também do Código Penal e ambas vão\n responder as acusações na justiça criminal”, enfatizou.\n \n O delegado ainda lembrou que pessoas costumam dar\n atestados de trabalho para amigos com a intenção de ajudá-los, mas devem saber\n que o documento tem que ter fatos verdadeiros, pois se existirem informações\n falsas, ambas responderão a processo criminal, podendo ser condenadas e presas.\n \n “As penas para o crime de falsidade ideológica\n nesse caso e para o crime de uso de documento falso é de 1 a 3 anos de reclusão\n além da multa”, concluiu Paulo.\n \n Quem tiver informações sobre o paradeiro de\n Márcia pode entrar em contato com a Polícia Civil pelo telefone (67) 3919-1500,\n ou ainda com a Polícia Militar através do número 190.\n \n \n