\n \n Uma operação organizada por amigos retirou de Santa Maria no domingo um dos\n sócios da boate Kiss e o levou a um hospital particular numa cidade vizinha de\n onde não pode ser levado à prisão enquanto não tiver alta.
Elissandro Spohr,\n 28, que teve prisão temporária decretada anteontem, está internado em Cruz Alta, a 130 km de Santa Maria, sem\n previsão de alta.
\n Spohr estava na boate no momento do incêndio e procurou a polícia horas após a\n tragédia por temer por sua segurança. Amigos, também preocupados, resolveram\n levá-lo para outra cidade. \n \n Em Cruz Alta,\n ele permanece em um quarto ao lado da mulher, grávida, que também estava na\n casa noturna. \n \n O médico Paulo Vieceli, 48, afirma que o empresário inalou fumaça tóxica e\n precisa ficar em observação. \n \n Também justifica a internação afirmando que Spohr está emocionalmente\n fragilizado ao extremo. \n \n Spohr, conhecido como Kiko, é considerado preso. Mantido sob a vigilância de\n policiais, pode ver TV, mas não tem permissão para visitas ou usar o telefone.\n Não usa algemas. \n \n O médico diz que ele foi para o Hospital Santa Lúcia, em Cruz Alta, porque um amigo\n em comum o procurou. \n \n "Eles me telefonaram pedindo orientação. Um colega o visitou e viu que\n ele estava perdendo capacidade de oxigenação. O indicado era a internação, mas\n lá [Santa Maria] seria impossível.
\n Nós fomos de ambulância UTI buscá-lo e trouxemos para cá." \n \n Ontem, a delegada Lylian Carus, de Cruz Alta, disse que policiais que fazem\n a guarda de Sphor impediram o que seria uma tentativa de suicídio do empresário.\n \n \n “Destruído” \n \n Segundo o médico, o empresário chora o tempo todo, recebe sedativos\n constantemente e está "destruído". \n \n Sphor passaria ontem por uma tomografia para avaliar o estado de seu pulmão.\n O caso não está computado na lista de vítimas em observação. \n \n A delegada de Cruz Alta, afirma que reforçou a guarda por questões de\n segurança. \n \n Segundo ela, o empresário aparentava estar bem quando o viu pela primeira\n vez, mas ontem estava "muito abalado". "Enquanto o médico não\n der alta, a gente não tira [do hospital]." \n \n O prazo da prisão temporária vence no máximo dez dias após a decretação. O\n médico disse não estar preocupado se o prazo é "cinco ou sete dias". \n \n Vieceli diz que não sabia quem era Spohr até a tragédia, mas era\n "conhecido" do outro sócio preso, Mauro Hoffmann.\n \n \n