VERSÃO DE IMPRESSÃO
Polícia
02/03/2023 07:50:00
Preso soldador que ateou fogo e matou marido de colega de trabalho em SP
Suspeito trabalhava na mesma oficina que mulher e questionava R$ 150 a menos que recebeu no salário

Metro/PCS

Soldador foi flagrado ao atear fogo e matar marido de colega de trabalho, em Mauá, na Grande São Paulo

A Polícia Civil prendeu o soldador Celso Edgar da Silva, de 29 anos, que foi flagrado por imagens de câmeras de segurança ao jogar um produto inflamável contra o marido de uma colega de trabalho e atear fogo, em Mauá, no ABC Paulista. Segundo a viúva da vítima, o motivo do crime foi uma discussão por causa de R$ 150 a menos que o agressor recebeu em seu salário.

A Justiça já tinha decretado a prisão temporária do homem, que foi detido na quarta-feira (1º) e levado para a Cadeia Pública de Santo André, que também fica no ABC Paulista.

O caso aconteceu na manhã da última sexta-feira (24), na Rua Giuseppe Pedotte, quando Fabricio foi deixar a esposa na oficina. Chegando lá, ele foi abordado pelo soldador, que ateou fogo ao seu corpo e fugiu em seguida.

O vídeo mostra que a vítima saiu do carro, em chamas, enquanto sua esposa tentava desesperadamente ajudar. O homem foi levado ao Hospital Nardini, mas sofreu queimaduras em 80% do corpo e não resistiu aos ferimentos.

O caso foi registrado no 3º Distrito Policial (DP) de Mauá como homicídio doloso, quando há a intenção de matar, qualificado por motivo fútil, emprego de fogo e emboscada sem dar chance de defesa à vítima.

Conforme a corporação, Celso já tinha antecedentes criminais. Ele responde a um processo por furto desde 2017, quando foi acusado de pegar o estepe de um carro em Mauá. Ele deveria comparecer em juízo a cada dois meses por dois anos, mas, como descumpriu a medida, esse prazo foi estendido até 2024.

A defesa do soldador não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

Motivação do crime

Em entrevista ao site G1, a viúva de Fabricio, que não quer se identificar, disse que Celso é funcionário da mesma oficina na qual ela trabalha. O homem a procurou, já que ela faz os pagamentos, para questionar o motivo de ter recebido R$ 150 a menos. Segundo ela, o valor teria sido acertado com o dono do estabelecimento, mas ela não tinha sido avisada. Por isso, não incluiu a quantia no salário.

Assim, a mulher contou que o soldador a procurou para reclamar que tinha feito um serviço extra, mas que não tinha sido pago. Ela explicou que não sabia do combinado e disse que o homem ficou agressivo e passou a xingá-la. Quando o marido foi buscá-la no término do expediente, Celso o abordou e os dois discutiram.

A viúva disse que Celso fez ameaças dizendo “amanhã você vai ver”, mas ela e o marido foram embora. No dia seguinte, no entanto, o soldador atacou Fabricio quando ele a deixava na oficina.

Fabricio deixou dois filhos que tinha com a esposa. Ele se preparava para iniciar em um emprego como empilhador quando foi morto.