\n \n Paulo\n Rocaro, 51 anos, Luiz Henrique Rodrigues Georges, 44, e Eduardo Carvalho, 51.\n Com a execução de ontem, de Eduardo Carvalho, são três pessoas ligadas a\n jornais executados neste ano em\n Mato Grosso do Sul.\n \n Em\n todos os casos a investigação da Polícia segue a linha de que o motivo do crime\n foi a atuação deles nos veículos.nbsp;\n \n A\n vítima de ontem era policial militar aposentado e dono do jornal eletrônico\n UHNews. Por se sentir ameaçado, desde novembro do ano passado ele tinha um\n colete a prova de balas, no entanto, não estava usando quando foi executado, na\n noite desta quarta-feira, no bairro Giocondo Orsi, em frente a casa onde morava.\n \n Carvalho\n já tinha sofrido atentado anteriormente, há dois anos, quando estava no carro\n com a filha. Para a Polícia, o fato de ele comandar um jornal que costumava\n publicar matérias polêmicas e criar inimigos faz com que as investigações sigam\n por este caminho.\n \n Os\n dois primeiros casos deste ano tiveram como cenário, a região de fronteira e\n uma distância de 100m entre um e outro e o intervalo de oito meses.\n \n Paulo\n Rocaro foi baleado na noite de 12 de fevereiro por uma dupla de motocicleta.\n Ele conduzia um Fiat Idea e sofreu a emboscada na avenida Brasil, em Ponta Porã. Rocardo\n era editor do Jornal da Praça e retornava da casa do ex-prefeito de Ponta Porã,\n Vagner Piantoni (PT), de quem era amigo. Os disparos foram feitos com os dois\n veículos em movimento. A\n moto não tinha placas e a dupla usava capacete.\n \n No\n corpo de Rocaro foram encontradas nove perfurações de pistola 9mm, arma de uso\n restrito das Forças Armadas, mas facilmente encontrada do outro lado da\n fronteira.\n \n Ele\n chegou a ser socorrido, mas morreu na madrugada do dia seguinte.\n \n A\n investigação descartou que o assassinato tenha sido passional ou por dívidas,\n reforçando a tese de que a morte estava mesmo era relacionada ao trabalho da\n vítima como jornalista.\n \n Com\n experiência também na Polícia Militar, o jornalista era editor-chefe do Jornal\n da Praça e diretor do site Mercosul News. Em 2002, publicou o livro “A\n Tempestade – Quando o crime assume a lei para manter a ordem”. A obra fala de\n pistolagem e da conivência policial num território dominado pelo tráfico.\n \n Oito\n meses depois, o alvo da pistolagem foi o dono do Jornal da Praça, Luiz Henrique\n Rodrigues Georges, 44 anos, conhecido por Tulu. O veículo que ele dirigia, uma\n Pajero, foi metralhado com 20 tiros de fuzil, também em Ponta Porã.\n \n Tulu,\n como era conhecido, foi atingido por três tiros, um na cabeça e dois no tórax.\n Outras duas pessoas estavam no carro. Apenas um sobreviveu ao atentado.\n \n Outros casos- O histórico de pessoas ligadas à imprensa executadas em Mato Grosso do Sul vai\n além. Em 2003, um dos donos do jornal Boca do Povo, Edgar Ribeiro Pereira de\n Oliveira, de 43 anos, foi assassinado no bairro Monte Castelo.\n \n De\n dentro da Blazer que dirigia, ele foi atingido por vários disparos de pistola\n calibre 765 e morreu no local do crime, quando passava pela Rua Dolor de\n Andrade. Os tiros vieram do passageiro de um Fiat vermelho.\n \n Um\n dos crimes mais recordados foi a execução de Edgar Lopes de Faria. Conhecido\n como ‘Escaramuça’, ele foi morto em 1997, aos 48 anos, quando saía da padaria\n onde costumava tomar o café da manhã, a seis quadras de casa, no bairro São\n Francisco.\n \n Quando\n retornava ao carro, se virou para alguém que o chamou pelo nome e levou o\n primeiro tiro na axila. O pistoleiro foi caminhando até o jornalista e disparou\n mais cinco vezes com uma arma calibre 12, outro homem na esquina, com uma\n pistola 765, fez mais dois disparos. Escaramuça morreu no local.\n \n A\n motivação era a divulgação de informações da participação de policiais de\n Dourados em grupos de extermínio; corrupção de políticos e policiais.\n \n \n \n \n