O sumiço de Daniel Alvarez Georges, visto pela última vez há um ano \n em Campo Grande, já é investigado como assassinato. No último dia 30, a \n DEH (Delegacia Especializada de Repressão a Crime de Homicídios) prendeu\n em Ponta Porã, por suspeita de envolvimento no caso, Cláudio Rodrigues \n de Souza, conhecido como Meia-Água.\n \n Filho de Fahad Jamil Georges, empresário do ramo de cigarros na \n fronteira do Brasil com Paraguai, Daniel foi visto pela última vez em 3 \n de maio do ano passado no Shopping Campo Grande.\n \n Dias depois, a família informou à Polícia Civil o desaparecimento e o\n caso começou a ser investigado. Quase um ano depois a Polícia fez a \n primeira prisão.\n \n Cláudio foi preso por mandado de prisão temporária expedido pela 2ª \n Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Dono de um posto de \n combustíveis em Ponta Porã e também político, após a prisão foi afastado\n da presidência regional do PcdoB.\n \n De acordo com a DEH, Cláudio foi preso na manhã da última \n segunda-feira. Ele tinha escolta armada de vigilantes particulares, que \n estavam em um Corsa da empresa Aliados Segurança, com sede em São Paulo.\n \n Os seguranças estavam armados com duas pistolas calibre 380 e uma \n espingarda calibre 12. Antônio Carlos Ferreira Oliveira, que portava a \n espingarda, foi preso em flagrante.\n \n Conforme a Polícia Civil, não é permitido fazer escolta pessoal com o\n tipo de arma que Antônio portava. Ele foi autuado em flagrante por \n porte ilegal de arma de fogo, pagou fiança e foi liberado.\n \n Além do mandado de prisão, a Justiça expediu mandados de busca e \n apreensão, que foram cumpridos no posto de combustíveis de Cláudio e \n também na casa dele.\n \n Na empresa, foram apreendidos computadores e na casa carregador para \n pistola Glock e munições. O carregador com 15 munições intactas de \n calibre ponto 40 estava dentro de uma bolsa no escritório de Cláudio. \n Por conta disso, Cláudio foi indiciado em novo inquérito policial por \n porte ilegal de munição de uso restrito.\n \n Rumores - Em Ponta Porã, corre a notícia de que o \n preso também seria o mandante da execução do jornalista Paulo Rocaro, \n além de ligação com a morte do policial militar César Santos Magalhães, \n ambos assassinados na avenida Brasil, centro da cidade. Contudo, a \n polícia nega relação entre os casos.\n \n De acordo com o delegado Odorico Ribeiro de Mendonça, responsável \n pelo Caso Rocaro, não há, por enquanto, relação entre os crimes. A \n investigação sobre a morte do jornalista agora corre sob segredo de \n Justiça.\n \n Rocaro foi baleado na noite de 12 de fevereiro por uma dupla de \n motocicleta. Ele conduzia um Fiat Idea e sofreu a emboscada na avenida \n Brasil. O jornalista chegou a ser socorrido, mas morreu na madrugada do \n dia seguinte.\n \n Daniel- O filho de Fahad estava em liberdade desde \n 29 de março do ano passado, quando teve a prisão relaxada pela justiça \n paulista por excesso de prazo.\n \n Ele foi preso em agosto de 2010, em São Paulo, pela Denarc (Departamento de \n Investigações Sobre Narcóticos), após combinar encontro no Shopping Iguatemi.\n \n Em 2002, Daniel Georges foi preso por tráfico de drogas ao \n desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, vindo da Colômbia.\n \n Conforme reportagem do site do jornal O Estado de São Paulo, ele \n detalhou à polícia que a cocaína vendida pelas Farc (Forças Armadas \n Revolucionárias da Colômbia) vinha de avião até Mato Grosso do Sul. \n Deixada em pistas de fazendas, a droga era é embarcada em caminhões para\n São Paulo e depois mandada para o exterior\n \n Os telefonemas gravados pela polícia com autorização da justiça \n revelavam negócios do traficante com Fernandinho Beira-Mar e ligações \n com espanhóis, italianos, colombianos e porto-riquenhos moradores em \n Madri, na Sicília (Itália) e nos Estados Unidos.\n \n Na ocasião, Daniel disse aos investigadores que quando há necessidade\n de discutir pessoalmente os negócios prefere os lugares movimentados.\n \n \n