VERSÃO DE IMPRESSÃO
Polícia
01/04/2012 09:12:35
Supermercado é assaltado pela 5ª vez em um ano em Campo Grande
De forma rápida e violenta, a comerciante narra que a ação deve ter durado dois minutos, mas um tempo eterno para as vítimas

CGNews/PCS

Foto: Pedro Peralta
\n \n “É rotina. Não temos segurança nenhuma para trabalhar”. O desabafo é da\n comerciante de 50 anos, dona de um supermercado no bairro Vida Nova I, em Campo Grande. As\n palavras saem e ainda deixam transparecer o nervosismo na voz. Em um ano, este\n foi o quinto assalto sofrido.\n \n A rotina é a mesma de muitos outros comércios que foram vítimas de assalto\n na onda de crimes que assombrou os mercadinhos de bairro em 2011. Eles chegam\n de motocicleta, descem já armados e não tiram o capacete em momento nenhum.\n Arma que intimida ainda mais as vítimas e as impede de reconhecer os autores.\n \n O nervoso pelo qual a comerciante passou e ainda lida com a lembrança na\n manhã deste domingo, enquanto atende os clientes, começou às 21h de ontem.\n \n “Eles abordaram meu esposo na calçada ainda, a gente estava ajeitando para\n fechar. Eles deviam estar só aguardando para render. Daí um rendeu ele e o\n outro entrou e já me abordou”, conta.\n \n Segundo a dona do mercado, os dois estavam armados e muito nervosos. “Ele só\n falava para dentro, para dentro, para dentro, R$ 1 mil, me passa o dinheiro, R$\n 1 mil reais”, lembra.\n \n De forma rápida e violenta, a comerciante narra que a ação deve ter durado\n dois minutos, mas um tempo eterno para as vítimas. “Na verdade não dá para\n pensar em nada”, desabafa.\n \n Do caixa eles levaram em\n média R$ 150 reais. O atrevimento dos bandidos mostra a falta\n de segurança no bairro. De acordo com as vítimas, eles pararam a motocicleta em\n frente do mercado. No momento do assalto, estava o marido, a dona, o filho e um\n funcionário.\n \n A experiência que ninguém quer adquirir – de ser vítima de quatro assaltos –\n faz com que a dona pense se realmente vale a pena abrir as portas novamente. “É\n uma exposição muito grande, expõe a nossa família. O último assalto foi em\n pleno dia 24 de dezembro, a tarde. Ele só entrou, mostrou a arma para o meu\n funcionário e limpou o caixa”, diz.\n \n Sem câmeras de circuito interno, nem vigias, a dona avalia se também valeria\n o investimento. “Na verdade eu não sei nem bem o que dizer, a marginalidade\n prevalece. Já fui assaltada 3h da tarde, em pleno mercado cheio de clientes. A\n outra vez foi 6h30 da manhã, a hora que íamos abrir. Não é o horário que\n facilita a ação deles, a marginalidade está demais, é uma falta de respeito com\n o trabalho dos outros”, finaliza.\n \n Na manhã de hoje o mercado abriu as portas normalmente. É o ganha pão de uma\n família que precisa trabalhar. “Você não quer esperar por isso nunca, mas acaba\n virando rotina”.