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Na quarta-feira (30), José Cláudio Arantes, 66 anos, o ‘Tio Arantes’, foi condenado pelo crime de receptação, por conta do celular furtado que portava na última vez em que foi preso, em outubro de 2017. Cumprindo pena em regime semiaberto, o réu que é apontado como liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital) fugiu na madrugada de 23 de novembro.
A sentença é do juiz Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal de Campo Grande, que condenou Tio Arantes pelo crime de receptação. O magistrado pontuou que o crime foi cometido enquanto o réu estava em liberdade provisória e cumprindo pena de outro processo. Além disso, ele já tem 10 condenações criminais e “sua conduta social é das mais reprováveis, posto que não trabalha e provê a sua subsistência com ocupação ilícita – tráfico, roubo, receptação”.
Além disso, para o juiz o réu tem personalidade propensa ao crime, uma vez que outras condenações não foram suficientes para cessar a prática dos delitos. Com aumento da pena, Tio Arantes foi condenado a três anos e três meses de reclusão, em regime fechado, além de 280 dias-multa.
Procurado
Na madrugada do dia 23 de novembro, Tio Arantes e o colega de cela, Eduardo Benedito do Amaral, de 62 anos, fugiram do Presídio da Gameleira, de regime semiaberto. Os cadeados da cela foram retirados do local e a tela do alambrado que dá acesso para a entrada do pátio interno estava cortada.
Nas buscas pelo evadido, policiais da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) chegaram a uma pista de local onde Tio Arantes estaria escondido, no Bairro Panorama. Na casa, os agentes encontraram sinais de que alguém teria saído às pressas e recentemente dali. José Cláudio segue evadido.
Ele é acusado de participar da morte do advogado Willian Maksoud Filho, em 2006, e ainda liderar a rebelião na Máxima naquele mesmo ano, além de participar de assaltos a bancos. Considerado um dos chefes do PCC, Tio Arantes foi preso pela última vez em outubro de 2017.
Na ocasião, ele foi detido pelo Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) pela explosão de caixas eletrônicos de uma agência bancária, no Parque de Exposições Laucídio Coelho. Posteriormente, foi absolvido desta acusação.
No dia, ele ainda foi detido em flagrante por receptação, já que com ele foi encontrado aparelho celular furtado. José Cláudio Arantes também é um dos condenados pela morte do advogado Willian Maksoud Filho, em 2006. Ele estaria preso na época, mas foi um dos responsáveis pela decisão do assassinato do advogado. No mesmo ano, ele foi apontado como um dos responsáveis por liderar a rebelião na Máxima de Campo Grande, a maior do Estado.
Após progressão do regime, ele foi solto e depois preso novamente em 2010. Na época, uma operação do Gaeco (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado) prendeu 9 pessoas ligadas ao PCC por tráfico de drogas e armas. Em 2016, ele voltou a ser detido no Zé Pereira, também por tráfico de drogas.