Midiamax/LD
Documento enviado ao MPF (Ministério Público Federal) depois do duplo assassinato que aconteceu neste fim de semana, em Coronel Sapucaia a 380 quilômetros de Campo Grande, onde mãe e filha foram mortas a tiros, pede pela prisão e investigação das matanças que estão acontecendo na região desde junho deste ano.
No documento enviado ao MPF é pedido que se dê andamento a investigação, que está parada com somente a apurar. A investigação que é reclamada para se ter prosseguimento trata-se do homicídio de um adolescente de 14 anos, morto no dia 2 de junho deste ano, e que seria a motivação para os assassinatos de mãe e filha, na madrugada deste domingo (25).
Vingança pela morte do adolescente seria o motivo para os recentes assassinatos, sendo que um dos suspeitos apontados da morte do garoto é o marido da mulher morta com um tiro na cabeça. Ele fugiu para o lado paraguaio, segundo o delegado Edgard Punsky, que atende o caso. Dois suspeitos que foram levados para a delegacia ainda o domingo (25) foram liberados, já que um estava em Amambai quando os crimes ocorreram e o outro apontou nomes para o duplo homicídio.
Ainda de acordo com o delegado, quando o homem ouviu os barulhos da invasão na casa fugiu, deixando para trás a esposa e os dois enteados. Sobre a história de ‘magia negra’ usada, o delegado contou que é uma crença deles (povo indígena), mas que o crime seria uma vingança pelo assassinato de um familiar dos autores.
O MPF foi questionado pelo Jornal Midiamax sobre os crimes e afirmou que também irá acompanhar as investigações iniciadas pela Polícia Civil, “Informado sobre a grave situação de violência ocorrida contra indígenas da aldeia Taquaperi, o MPF em Ponta Porã encaminhou a manifestação das lideranças da aldeia ao Ministério Público Estadual, pois a apuração dos fatos narrados é atribuição dos órgãos estaduais de justiça penal.
Cumpre frisar que a Polícia Civil já está investigando os homicídios. Apesar disso, o MPF acompanhará as investigações com a finalidade de zelar pela sua regularidade. Foi, por isso, instaurada Notícia de Fato com o seguinte objeto: "Acompanhar o desenrolar das investigações da Polícia Civil sobre os casos de homicídios ocorridos na Comunidade Indígena Taquaperi".
Mãe e filha assassinadas
A família estaria dormindo quando os atiradores invadiram a residência. “A princípio acredita-se que o objetivo era matar toda a família. O marido da vítima, padrasto das crianças, conseguiu fugir pela janela e saiu ileso”, contou o delegado Edgard. As vítimas eram moradoras na Aldeia Taquaperi.
Inicialmente, a liderança indígena teria dito que a motivação do crime seria religiosa. Isso, porque, segundo ele, a família vítima do atentado “mexia com magia negra”. O fato relatado pela liderança é que a família morresse, o que teria ocorrido.
Esta família é suspeita de tentar se vingar, assassinando a mulher e a criança. O caso é tratado como duplo homicídio qualificado e também tentativa de homicídio e está em investigação.