G1/PCS
Pesquisa do instituto Datafolha, publicada nesta sexta-feira (8) no jornal "Folha de S.Paulo", afirma que 60% dos deputados federais são favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo o Datafolha, esse índice representa 308 dos 513 deputados. Para que o impeachment seja aprovado na Câmara, são necessários 342 votos.
A pesquisa também apurou que 21% dos deputados declararam voto contrário à saída da presidente, o que representa 108 votos a favor de Dilma. Para se livrar do processo, a presidente precisa de 172 votos.
Os deputados indecisos, de acordo com o Datafolha, são 18% da Câmara. Esses votos decidirão o destino de Dilma.
O Datafolha ouviu 359 parlamentares entre 21 de março e 7 de abril de 2016: 291 deputados e 68 senadores. Eles deram resposta por telefone e na condição de anonimato. Os resultados, segundo o Datafolha, foram ponderados segundo as bancadas dos partidos. O instituto ressaltou que fatos novos podem mudar a tendência de votação.
O processo de impeachment tramita na comissão especial da Câmara formada para analisar o caso. Nesta quarta-feira (6), o relator, Jovair Arantes (PTB-GO), apresentou parecer pela cassação do mandato da presidente. A comissão deve realizar sessão inclusive no fim de semana para poder votar o parecer na próxima segunda-feira (11). Depois, o impeachment será votado no plenário da Casa.
Voto por bancada
A pesquisa investigou também como votam os deputados de cada bancada. No PP, partido da base cortejado pelo governo para reforçar o apoio a Dilma, 57% dizem que votarão pelo impeachment e 30% estão indecisos.
No PMDB, que era o maior partido da base ao lado do PT, mas deixou o governo recentemente, 59% dos deputados devem votar pelo afastamento e 38% não se posicionaram.
Senado
A pesquisa ouviu ainda os senadores. 55% disseram que votariam pelo afastamento definitivo de Dilma e 24% se posicionaram contra. Caso seja aprovado na Câmara, o impeachment tem que passar pelo Senado.
Eduardo Cunha
O instituto quis saber o posicionamento dos deputados sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no Supremo Tribunal Federal acusado de irregularidades no esquema de corrupção na Petrobras. Entre os deputados, 61% disseram que defendem sua renúncia e 23% entendem que ele deveria permanecer no cargo.
Também 61% disseram que votariam pela cassação dele caso o processo de casssação de Cunha chegue ao plenário da Casa. Atualmente, tramita no Conselho de Ética.