Correio do Estado/AB
Diante da crise econômica e da instabilidade na relação com a Câmara Municipal, o prefeito Alcides Bernal (PP) disse nesta quarta-feira (2) que o pagamento do 13º salário dos servidores e os rendimentos dos próximos meses depende dos vereadores.
A declaração do prefeito relaciona a capacidade da prefeitura pagar os salários com aprovação do Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), que está na pauta da Câmara, mas não é votado em razão de boicote dos vereadores, que esperam respostas de questionamentos feitos à prefeitura.
“Esse programa implementado vai ajudar o pagamento dos servidores. Se a Câmara não destravar pauta e aprovar a lei, Campo Grande vai sofrer muito prejuízo além do que já estamos sofrendo”, disse.
Em relação ao pagamento do 13º salário, o prefeito afirmou que parte do pagamento acontecerá em dezembro e outra em janeiro. Ele não detalhou, no entanto, se isso vai acontecer mesmo se o PPI não for aprovado pelos vereadores.
URGÊNCIA
Ontem o prefeito Alcides Bernal esteve na Câmara e se reuniu com o presidente da Casa, João Rocha (PSDB). Desde que o nome de Rocha começou a ser cogitado para assumir o comando da Câmara depois da renúncia de Mario César (PMDB), Bernal iniciou uma série de declarações que chegaram a ser classificadas como “mania de perseguição”.
Bernal possui urgência na aprovação de quatro projetos. São eles: acesso a valores de depósitos judiciais, programa de pagamento incentivado (PPI), reforma do ISSQN e estabelecimento de valor mínimo para ajuizamento de ações de cobrança da prefeitura que hoje é de R$ 500.
Para o vereador, o encontro serviu para estabelecer o tão falado diálogo entre os poderes. “O Legislativo está a disposição para trabalhar pela cidade e garanto que existirá fluidez na avaliação das matérias que, sendo de suma importância, serão avaliadas com a urgência que merecem”.