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O presidente Jair Bolsonaro foi submetido a uma tomografia na manhã desta segunda-feira (11), segundo médicos que acompanham o caso dele no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A previsão é que um novo boletim médicos seja divulgado, oficialmente, no fim da tarde desta segunda-feira.
Na última quinta-feira (7), durante a internação do presidente para a retirada da bolsa de colostomia e a religação do intestino, médicos o diagnosticaram com pneumonia bacteriana.
Bolsonaro, de acordo com os profissionais do hospital, manteve a dieta cremosa, depois de começar a reduzir a nutrição endovenosa (com aplicação de nutrientes na veia) neste domingo (10). A previsão, no entanto, é que ele não passe já nesta segunda-feira para a dieta pastosa.
O presidente também teve “melhora substancial do pulmão”, conforme já havia informa do boletim médico divulgado no domingo pelo hospital.
O boletim médico de domingo também dizia que o presidente "prossegue com os mesmos antibióticos".
"Iniciou-se hoje a redução gradativa da nutrição parenteral (endovenosa) e mantém a dieta cremosa associada ao suplemento nutricional especializado por via oral. Segue realizando exercícios respiratórios e de fortalecimento muscular, alternados a períodos de caminhada", diz o texto.
Nesta segunda-feira, o presidente postou uma mensagem em sua conta no Twitter com uma foto em que ele aparece fazendo a barba. No post, ele diz que a foto foi tirada nesta manhã. "Mais um início de semana. Vamos à luta! Um bom dia a todos!", postou.
Cronologia da internação
Segunda-feira (28/1)
Jair Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo. O procedimento terminou após sete horas e ocorreu "com êxito", segundo informou o Palácio do Planalto. O vice-presidente Hamilton Mourão assumiu a Presidência da República por dois dias.
De acordo com o boletim médico divulgado pelo hospital, a cirurgia foi realizada "sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue". Foi realizada uma "anastomose do íleo com o cólon transverso", que é a união do intestino delgado com uma parte do intestino grosso. Foram retirados de 20 a 30 centímetros do intestino grosso de Bolsonaro na parte que ligava o intestino delgado à bolsa de colostomia.
Terça-feira (29/1)
Bolsonaro seguiu na UTI do Hospital Albert Einstein após a retirada da bolsa de colostomia. Ele recebeu analgésicos para controle da dor e não apresentou sangramentos ou complicações, ficando sem febre ou sinais de infecção.
Quarta-feira (30/1)
Bolsonaro reassumiu a Presidência da República e passou a despachar de um escritório que foi montado no mesmo andar onde está internado no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo.
Quinta-feira (31/1)
O porta-voz da presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse que Bolsonaro estava tentando se manter sem falar, mas a recomendação médica era difícil de ser acolhida: "O presidente é difícil, ele está falando já. A despeito do médico dizer para ele ficar calado, ele já está falando".
Sexta-feira (1º/2)
O boletim médico do dia informou que Bolsonaro teve boa evolução clínica. "Já apresenta sinais de início dos movimentos intestinais". "Segue com dieta parenteral (endovenosa) exclusiva, sem infecção ou outras complicações. Realiza fisioterapia respiratória e períodos de caminhada fora do quarto. Por ordem médica, o paciente segue com visitas restritas."
Sábado (2/2)
O presidente teve náuseas e vômito, e os médicos precisaram colocar uma sonda nasogástrica.
Domingo (3/2)
Bolsonaro continuou usando uma sonda nasogástrica aberta, com evolução clínica estável. De acordo com o boletim médico, o presidente ficou sem dor e sem sinais de infecção. Bolsonaro foi submetido a uma tomografia de abdômen que descartou complicações cirúrgicas. Ele ficou em jejum oral e nutrição parenteral exclusiva.
Segunda-feira (4/2)
Bolsonaro teve elevação na temperatura, passou a tomar antibiótico e a alta prevista para quarta-feira (6) foi adiada. O boletim médico informou que o presidente passou a tomar antibióticos e foram realizados novos exames de imagem. Identificou-se uma coleção líquida ao lado do intestino na região da antiga colostomia. Foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e permaneceu com dreno no local. O presidente apresentou movimentos intestinais e teve dois episódios de evacuação.
Terça-feira (5/2)
O presidente teve melhora do seu estado de saúde e começou a receber líquido por via oral. Bolsonaro apresentou aumento da movimentação intestinal, o que possibilitou o início de injeção de líquido por via oral. "Os exames laboratoriais apresentam melhora. O paciente segue com antibióticos e dreno no abdome", disse o boletim médico.
Quarta-feira (6/2)
O presidente apresentou quadro clínico estável, sem dor ou febre, com melhora dos exames laboratoriais e de imagem. Ele também voltou a caminhar no corredor do Hospital Albert Einstein.
Quinta-feira (7/2)
Segundo boletim médico, Bolsonaro teve um episódio de febre e uma tomografia no tórax detectou uma pneumonia. Segundo os exames, a pneumonia teve origem bacteriana. Foi acrescentado um novo antibiótico no tratamento do presidente.
Sexta-feira (8/2)
Bolsonaro retirou o dreno colocado no seu abdômen e a sonda nasogástrica. Ele também se alimentou pela primeira vez.
Sábado (9/02)
Bolsonaro começa dieta cremosa e tem melhora nos resultados do raio-x dos pulmões.
Domingo (10/02)
Presidente mantém boa evolução clínica, não tem febre e o quadro pulmonar apresenta melhora significativa. Ele prosseguiu com os mesmos antibióticos e iniciou a redução gradativa da nutrição parenteral (endovenosa), mantendo dieta cremosa associada ao suplemento nutricional especializado por via oral. "Segue realizando exercícios respiratórios e de fortalecimento muscular, alternados a períodos de caminhada", dizia o boletim médico.