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A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de mais 30 dias para a conclusão das investigações sobre os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) em um inquérito que tramita na Corte.
O inquérito, baseado nas delações da Odebrecht, investiga o repasse de R$ 5 milhões em troca de aprovação de leis em favor da empreiteira, e já está aberto no Supremo desde março. Os dois senadores negam a denúncia.
A Polícia Federal havia pedido mais 60 dias, com a concordância da Procuradoria Geral da República.
Segundo a ministra, a PF não concluiu as investigações no prazo, e “o atraso no processo somente interessa a quem não tem razão, independente do pólo ocupado na relação jurídico processual".
Em setembro, o relator do inquérito, ministro Edson Fachin, já havia prorrogado o inquérito em mais 30 dias.
A decisão de Cármen foi tomada durante o recesso do Judiciário, período em que o presidente do STF toma as decisões urgentes da Corte.