\n \n A privatização\n dos trechos rodoviários federais que cortam o território de Mato Grosso do Sul\n já começou oficialmente e, se os prazos do Governo forem cumpridos, já em 2013\n os motoristas podem ter de pagar pedágio nas principais opções de ligação com\n os estados do Sudeste.\n \n Até o final\n deste mês, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) recebe pela\n internet manifestações de qualquer cidadão interessado em acompanhar o\n processo. As informações serão usadas no estudo de viabilidade técnica e\n econômica.\n \n Os primeiros\n trechos sul-mato-grossenses que devem ser entregues para a iniciativa privada\n tiveram a concessão anunciada no último mês de agosto são as BR-163, BR-267 e\n BR-262. Elas fazem parte da Fase 3 da 3ª Etapa do Programa de Concessões de\n Rodovias Federais, e a expectativa é de que no próximo ano as concessões já\n estejam outorgadas.\n \n Os trechos em MS\n mais cobiçados pelas empresas que já operam rodovias são justamente as ligações\n rodoviárias entre o estado e as regiões sudeste e sul do Brasil. Por elas\n passam a maior parte da produção sul-mato-grossense para os maiores mercados\n consumidores e para os principais portos brasileiros.\n \n Além disso, as\n três rodovias (veja no gráfico) são as principais formas de chegada de produtos\n industrializados que Mato Grosso do Sul e boa parte dos estados da região\n Centro-Oeste, compram nos estados produtores, como São Paulo, além das\n importações, que chegam pelos portos paulistas e da região Sul.\n \n Governo\n conhece defeitos\n \n No website da\n ANTT nbsp;estão disponíveis também documentos\n técnicos que revelam a situação de cada um dos trechos disponíveis para\n concessão.\n \n Apesar da\n situação atual das rodovias, os relatórios oficiais mostram que o poder público\n tem conhecimento sobre os pontos críticos e propostas de melhorias para as\n estradas federais de MS, que totalizam 3.160 quilômetros\n pavimentados.\n \n Coincidentemente,\n quando anunciou a privatização, o Governo Federal avisou também que R$ 555\n milhões do PAC2 seriam consumidos nas rodovias federais sul-mato-grossenses.\n \n Pedágio após duplicação \n \n No processo de\n privatização da BR-040, entre Brasília (DF) e Juiz de Fora (MG), o Governo\n Federal já definiu algumas condições que podem valer para os trechos\n sul-mato-grossenses também. Um dos pontos é a cobrança de pedágio apenas depois\n da duplicação de pelo menos 10% do trecho concedido.\n \n Em Mato Grosso do Sul, na BR-163, principal ligação\n entre o estado e a região sudeste do Brasil, há décadas a duplicação é cobrada\n do poder público. As condições desfavoráveis para atender o volume do tráfego\n aumenta o número de acidentes com mortes.\n \n Além disso, as\n condições de escoamento da produção e o encarecimento dos produtos\n industrializados que MS e os outros estados das regiões Centro-Oeste compram\n dos estados produtores, como São Paulo, são os principais argumentos.\n \n nbsp;\n \n \n \n \n