Veja/PCS
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado remarcou para o próximo dia 19 de abril o depoimento do ex-líder do governo Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), que está sob risco de perder o mandato por suspeitas de ter atuado para barrar as investigações da Operação Lava Jato. A oitiva do senador estava agendada para esta quinta-feira, mas ele apresentou atestado médico porque se submeteu à cirurgia para a retirada da vesícula e de pólipos.
O ex-líder do governo, o advogado Edson Ribeiro, o ex-chefe de gabinete Diogo Ferreira e o ator Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, aparecem em conversas em que o senador negocia uma possível fuga do ex-dirigente e pagamentos periódicos à família dele em troca de não fechar um acordo de delação premiada.
O episódio levou o STF a decretar a prisão de Delcídio em novembro do ano passado. Na sequência, o próprio parlamentar se tornou delator na Operação Lava Jato e apresentou nova versão para o episódio. Ele detalhou diversos episódios em que propina teria sido distribuída a políticos e disse que os pagamentos para calar Cerveró foram feitos por ordem do ex-presidente Lula.