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A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) voltou a criticar a proposta de se apresentar uma emenda para realizar nova eleição presidencial. Para a senadora, "Apresentar PEC para realizar nova eleição agora: isso sim, significa golpe!", diz.
A senadora argumenta que a proposta é inconstitucional porque não respeita a determinação de que apenas é possível alterar a lei eleitoral com um ano de antecedência das eleições. Além disso, seria necessário que a presidente Dilma e o vice, Michel Temer (PMDB) renunciassem ao mandato.
A ideia começou a ser defendida publicamente por petistas nos últimos dias, mesmo antes da aprovação do pedido de abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff pela Câmara do Deputados.
Como resposta à crise política no país, a presidente apresentaria ao Congresso Nacional uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para convocar novas eleições presidenciais ainda este ano, que seriam realizadas simultaneamente ao pleito de prefeitos e vereadores, em outubro. A iniciativa seria uma retaliação à eventual posse de Temer, que apareceu com 2% de intenções de voto na última pesquisa Datafolha.
Comissão do impeachment – Em reunião da comissão do impeachment nesta terça-feira (03), Simone rebateu os argumentos apresentados pelos governistas de que o processo de impeachment não deveria prosseguir sob o argumento de que as contas da presidência de 2015 ainda não foram rejeitadas pela Comissão de Orçamento.
Conforme Simone, as duas ações são independentes e, tanto a Constituição, quanto a Lei do Impeachment deixam claro que o processo trata-se de um julgamento político-jurídico
“Apesar da denúncia contra a presidente ter se restringido aos fatos ocorridos em 2015, os indícios de irregularidades estão claros. Hoje, nós vemos indícios de crime em pelo menos dois dos seis decretos de crédito suplementar sem a autorização do Congresso e em relação às pedaladas do Plano Safra", comentou.
A senadora fez criticas ainda ao crescente número de desemprego registrado nos últimos anos, reflexo da estagnação econômica e a alta da inflação decorrentes das ações da gestão de Dilma Roussef.
"Em três meses, nós saímos de 9 milhões de desempregados para mais de 11 milhões. Isso é extremamente grave", lamentou.